Arrancou hoje a primeira conferência internacional de Contact Centers realizada em Portugal. Com 260 participantes inscritos, o evento vai debater ao longo de dois dias os principais desafios do sector, que em Portugal conta com cerca de 450 empresas. João Cardoso, presidente da Associação Portuguesa de Contact Centers, entidade organizadora do evento em parceria com a IDC, sublinhou as potencialidades do sector em Portugal e o seu crescimento anual médio de 8 por cento, para considerar que o peso no contexto europeu pode aumentar significativamente, nomeadamente através da exportação de serviços.
Actualmente Portugal tem um peso de 1,3 por cento no sector a nível europeu, empregando cerca de 45 mil pessoas. Na Europa os dados disponíveis apontam para a existência de 29 mil contact centers e 150 mil empregados, cerca de 1 por cento da população activa, sublinhou João Cardoso.
A associação estima que em Portugal o sector dos contact centers, contabilizando o seu valor acrescentado, tenha um impacto directo no PIB de 1,3 mil milhões de euros. Em termos de poupanças de tempo, a organização acredita que a introdução dos serviços de contact center têm um impacto de 228 milhões de horas anuais na vida dos cidadãos, que em muitos casos eliminaram a necessidade de se deslocar fisicamente a determinada instituição para resolver um problema.
Na sua intervenção de abertura do evento João Cardoso sublinhou ainda a necessidade de uma aposta clara na auto-regulação, como forma de promover um crescimento sustentado do sector e evitar uma regulação exterior, mais limitativa.
A Associação Portuguesa de Contact Centers foi formalmente apresentada no início do ano e conta hoje com 19 associados, que representam cerca de 20 por cento do sector. Um dos principais projectos da organização é a realização de um estudo que permita conhecer em detalhe o sector e diagnosticar os seus principais problemas e oportunidades.
Para a realização deste trabalho a APCC está a negociar com um parceiro especializado que tenha capacidade para realizar tarefa, explicou ao Tek João Cardoso. O responsável não tem ainda uma data para o arranque ou conclusão dos trabalhos, mas adianta que este irá já incluir dados relativos a 2005 que permitam caracterizar com maior exactidão o universo nacional de contact centers.
Para já é claro que o mercado é "maioritariamente composto por empresas com menos de 100 posições". Acima dessa barreira estarão apenas cerca de 6 por cento dos players, estima o responsável.
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