
A Microsoft acaba de revelar mais um pouco da sua estratégia para a área mobile. No seguimento da confirmação do acordo com uma subsidiária da Foxconn para a venda da área de feature phones que tinha adquirido à Nokia, a tecnológica norte-americana assume que está a preparar o despedimento de 1.850 trabalhadores, a maior parte dos quais na Finlândia.
A decisão vai custar à gigante de Redmod 950 milhões de dólares (cerca de 851 milhões de euros) em indemnizações. O valor junta-se aos 7,6 mil milhões de dólares gastos com os 7.800 despedimentos na divisão de telefonia móvel, no verão passado.
Numa nota dirigida a todos os colaboradores da Microsoft, citada pelo The Verge, Terry Myerson, vice-presidente da empresa, descreve os cortes "como incrivelmente difíceis" mas sublinha que a empresa necessita de "estar mais focada na área de hardware".
O responsável insiste no entanto que a Microsoft não está a abandonar o negócio mobile. A empresa vai continuar a “desenvolver novos dispositivos espetaculares”, refere. É uma questão de “escalar, mas não estamos fora!”.
Da sucessão de acontecimentos, fica provado que a Microsoft ainda não conseguiu fazer da compra da unidade de telefones da Nokia um sucesso. E a julgar pelos dados mais recentes da Gartner, a tarefa está cada vez mais difícil, já que as vendas de smartphones com software Windows representaram apenas 0,7% do mercado no início de 2016, face aos 2,5% registados há um ano.
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