A Apple pode vir a ser investigada pela União Europeia pela alegada pressão que coloca nas operadoras de telecomunicações pelo modelo de distribuição de iPhone e iPad que pratica atualmente. Algumas operadoras já terão apresentado dados que provam a "asfixia" concorrencial, mas nenhuma das empresas de telecomunicações avançou com uma queixa formal.
Os reguladores de concorrência europeus estão a investigar a suposta prática anticoncorrencial da marca da maçã que tem preocupado algumas operadoras francesas e possivelmente de outros países. Um porta-voz da Comissão Europeia confirmou à Reuters que o organismo está constantemente a monitorizar o mercado e que ainda não recebeu nenhuma queixa. Mas adiantou também que a CE tomará uma ação caso hajam indícios de práticas antitrust.
Em causa está o número de equipamentos que a Apple vende às operadoras em lote, que correm depois o risco de ficarem com os produtos em armazém pela evolução da concorrência e maior procura que pode existir por outros produtos.
Algumas das queixas também serão relativas à quantidade de publicidade que é contratada entre as partes e que obriga a um grande investimento por parte das operadoras e é apenas focada num determinado equipamento, o que prejudica as boas práticas da concorrência.
Um porta-voz da Apple em declarações à agência internacional apenas referiu que todas as práticas comerciais estão de acordo com as leis de cada país.
Em fevereiro e durante a apresentação do Mobile World Congress, os líderes das principais operadoras europeias mostraram a intenção de que sejam criados novos moldes de negócio e que permitam às empresas de telecomunicações libertarem-se do duopólio iOS-Android.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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