Foram colocados nas lojas perto de 84,5 milhões de unidades de acessórios tecnológicos, conhecidos como wearables, durante o terceiro trimestre de 2019, significando um crescimento de 94,6% face ao ano passado, segundo a IDC, equivalendo a um recorde de distribuição para um único trimestre.
Esse aumento muito considerável deu-se pela grande procura dos novos produtos que foram lançados no mercado, sobretudo ao nível dos auriculares, cada vez mais populares entre os utilizadores de smartphones e leitores de música. E por sua vez, essa procura foi motivada pela tendência das fabricantes retirarem o jack 3,5 mm dos novos dispositivos, o que obriga a procurar soluções wireless. Além disso, há produtos cada vez mais baratos no segmento, o que incentiva à sua adoção.
Outro tipo de wearables que estão a ter muita saída são aqueles que de alguma forma interagem com os assistentes inteligentes, como o Alexa, Cortana e Google Assistant, expandindo-se para além dos habituais acessórios de saúde e fitness. E as principais fabricantes de smartphone têm apostado no segmento, levando a “rivalidade” para outros terrenos. Ganham os consumidores.
Nesse sentido, a Apple lidera a distribuição de wearables no terceiro trimestre, tendo colocado nas lojas 29,5 milhões de equipamentos, dominando o mercado com uma quota de 35%, num crescimento anual de 195,5%. O Apple Watch, os AirPods Pro e os auscultadores Beats revelaram-se campeões de vendas, acompanhado pela redução do preço do seu smartwatch de terceira geração (Series 3).
No segundo posto, mas bem distante da marca da maçã, assume-se a Xiaomi, que colocou na rua 12,4 milhões de dispositivos, arrecadando 14,5% da fatia do mercado, o que representa um crescimento anual de 66,1% no segmento. As pulseiras inteligentes Mi Band são o principal produto da empresa chinesa, com mais de 10 milhões de unidades colocadas à venda neste período, conseguindo uma expansão eficaz para o ocidente, nomeadamente as regiões EMEA.
A Samsung completa o pódio do segmento com 8,3 milhões de wearables distribuídos, com uma quota de mercado de 9,8%, mas um crescimento anual de 156,4%. A sua nova gama de smartwatchs e auriculares, tanto de marca própria como a sua subsidiária JBL ajudaram ao crescimento. Sobretudo considerando a sua estratégia de reunir em bundle os wearables com os seus smartphones, o que valeu o apoio na promoção pelas próprias cadeias de lojas espalhadas pelo mundo.
No quarto e quinto posto da lista surgem a Huawei e a Fitbit, com 7,1 milhões e 3,5 milhões de equipamentos espalhados pelas lojas, respetivamente. Curiosamente foi a Huawei que mais cresceu anualmente, com 202,6%, ainda que a sua quota de mercado seja ligeiramente inferior à da Samsung, registando 8,4%. Esse crescimento deu-se sobretudo a nível doméstico, pois 80% da distribuição foi feita na China.
De considerar que a segunda grande fatia do mercado de wearables (28,1%) está concentrada em diversas outras fabricantes, o que significa que o mercado ainda não está dominado pelas grandes gigantes tecnológicas.
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