Os empresários da área da tecnologia decidiram recuar nas suas expectativas para 2003, depois das lições aprendidas com as projecções falhadas para o ano passado. No Forum Económico Mundial, em Davos, vários executivos presentes na conferência mostraram-se pouco preparados para falar de uma recuperação da procura geral por tecnologia.



Bill Gates, da Microsoft, e Michael Dell, fundador da Dell, fizeram comentários pouco optimistas em relação a uma possível retoma do mercado das TIC. Ao mesmo tempo, John Chambers, director-executivo da fabricante de equipamentos norte-americana Cisco, citado pela Reuters, salienta a volatidade das previsões a curto prazo. Uma recuperação de vendas como a observada na última Primavera foi vista por muitos como o início da recuperação, mas as boas expectativas foram goradas por um abrandamento depois do Verão.



Estes reveses não impedem, porém, outros executivos de falarem acerca dos possíveis investimentos nas tecnologias da informação para 2003, depois de um 2002 pouco dinâmico.



Alguns justificam-se afirmando que a emergente guerra com o Iraque os leva a ser cautelosos. Jogando pelo seguro, a maioria das empresas afirmou que vai investir ainda menos em tecnologia comparativamente a 2002.



Fabricantes de chips, como a Intel, a STMicroelectronics e a Infineon, que estão entre os maiores consumidores mundiais de novas tecnologias juntamente com as operadoras de telecomunicações, já indicaram que pretendem reduzir ou, na melhor das hipóteses, manter os seus orçamentos.



Carly Fiorina, da Hewlett-Packard, acrescenta que não vê nenhuma recuperação no mercado norte-americano para já, enquanto
Gerard Kleisterlee, da Philips Electronics, afirma esperar um incremento acima da média do investimento em tecnologias em áreas como a saúde, a protecção pessoal e segurança.



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