As empresas portuguesas do sector das Tecnologias da Informação e Electrónica (TIE) investem cerca de dois por cento do seu orçamento global na formação dos seus funcionários, revela o estudo "A Política de Remunerações e Recompensas das Empresas de TIE em Portugal", realizado pela entre Julho e Outubro de 2003 pela Multisector, a pedido da ANETIE.



Ainda no que diz respeito à avaliação das políticas de pessoal e de recursos humanos, os resultados do estudo indicam também que a evolução dos conhecimentos dos seus colaboradores é devidamente planeada por 94 por cento das empresas. A avaliação de desempenho é uma prática generalizada, baseando-se em dados quantitativos em 71por cento da amostra reunida.



No que se relaciona com a caracterização das políticas de remunerações e incentivos vigentes, 82 por cento dos inquiridos afirmou adoptar uma política de recompensa em função do cumprimento dos objectivos. Para a atribuição destes prémios, 47 por cento das empresas utilizam uma avaliação quantitativa mista (baseada nos resultados individuais, da equipa e/ou da empresa), 29 por cento das empresas utilizam apenas a avaliação quantitativa individual e as restantes 24 por cento recorrem a critérios qualitativos.



O seguro de saúde e o plafond de chamadas de telemóvel estão largamente generalizados no sector, como forma de complemento da remuneração, indicam os resultados do estudo. Existem também outros tipos de benefícios, como os prémios fixos por atingimento de patamares de resultados ou comissões indexadas aos volumes de negócio, a atribuição de cartão de crédito, stock-options ou a disponibilização de viatura da empresa.



Existem bastantes cargos para os quais os incentivos representam, no mínimo, 10 por cento da remuneração total. No entanto, em alguns casos pode afirmar-se que os incentivos têm um peso significativo no conjunto da remuneração global, (cerca de 59 por cento), sendo factores de motivação e de aliciamento aquando do recrutamento dos colaboradores para determinados cargos. Estes são, segundo a ANETIE, cargos da área de direcção, de natureza comercial ou ainda de lugares chave na organização. O valor médio deste rácio para todos os cargos corresponde a 19 por cento.



Entre as empresas portuguesas inquiridas, 65 por cento afirmam ter um departamento de Recursos Humanos, constituído na maioria dos casos por uma ou duas pessoas. As organizações são predominantemente funcionais - 82 por cento - e só os restantes 18 por cento afirmam possuir uma estrutura matricial (por mercados e por produtos), "mais consentânea com as tendências mundiais", indica a ANETIE.


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