Depois dos resultados negativos da Motorola e dos valores menos bons, embora positivos, da Nokia, a Ericsson apresentou hoje as demonstrações financeiras para o último trimestre de 2001 e o total do ano. Com uma quebra de 5 por cento nas vendas do ano 2001, a empresa acumulou um total de perdas durante o ano passado de 21,1 mil milhões de coroas suecas, o que corresponde a mais de 2,2 mil milhões de euros ou quase 458 milhões de contos).



Nos últimos três meses do ano a empresa reportou vendas no valor de 58,5 mil milhões de coroas suecas (6,3 mil milhões de euros ou 1,2 mil milhões de contos), uma quebra de 15 por cento em relação ao período homólogo de 2000, mas um crescimento de 25 por cento em relação ao trimestre anterior. As perdas elevaram-se a 3,5 mil milhões de coroas suecas (379 milhões de euros ou 76 milhões de contos), quando no último trimestre de 2000 a empresa havia obtido resultados líquidos positivos de 2,3 mil milhões de coroas suecas (249 milhões de euros ou 49 milhões de contos).



O quarto trimestre contribuiu para um total do ano bastante negativo para a empresa, com perdas de 21,1 mil milhões de euros (mais de 2,2 mil milhões de euros ou quase 458 milhões de contos) e quebras de vendas na ordem dos 5 por cento em relação ao ano 2000.



As perspectivas da administração da empresa para o ano corrente são positivas, sendo esperado um crescimento de 15 por cento nas vendas depois de um primeiro trimestre fraco, considerando o director executivo da Ericsson Kurt Hellstrom - em comunicado - que o mercado será particularmente desafiante no início do ano, mas que a empresa está numa posição forte para capitalizar as oportunidades do mercado.



Depois de assinar contrato de fornecimento de tecnologia GPRS com 78 operadores e de terceira geração móvel com mais de 30, a Ericsson mostra que mesmo no GSM as vendas anuais cresceram 9 por cento, confirmando a sua posição no mercado das infra-estruturas apesar da situação económica.



Na área dos equipamentos telefónicos, a criação da joint-venture Sony Ericsson Mobile Communications (SEMC) levou a um reposicionamento deste negócio pela Ericsson, sendo 50 por cento dos resultados da nova empresa incorporados pela Ericsson. O último trimestre do ano foi o primeiro de operação para a SEMC, que iniciou a sua acticvidade em Outubro de 2001. Foram vendidos mais de 6,8 milhões de telemóveis, gerando receitas de 9,7 mil milhões de coroas (1,05 mil milhões de euros ou 210 milhões de contos), mas reportou perdas de 1,4 mil milhões de coroas (151 milhões de euros ou 30 milhões de contos).

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