O impasse entre os Estados Unidos e a Huawei continua, com adiamentos constantes sobre a decisão final da administração de Donald Trump sobre a imposição de sansões e bloqueios às empresas chinesas na lista negra. Finda a data de 16 de fevereiro, o governo norte-americano concedeu mais um mês e meio, até 1 de abril de prolongamento da suspensão do bloqueio, mas o Departamento de Comércio dos Estados Unidos estendeu a licença da Huawei até ao dia 15 de maio.
A Reuters dá conta de um impasse de um encontro entre as altas instâncias da administração de Donald Trump com a direção da Huawei para resolver definitivamente a crise. A reunião considerada crítica foi adiada pela segunda vez, depois de estar marcada para a última quarta-feira, dia 11 de março, depois de uma primeira prevista para 11 de fevereiro. Na mesa estariam a discussão de potenciais novas restrições sobre a venda de tecnologia da Huawei e da China, referem fontes próximas à Reuters. Os Estados Unidos pretendem expandir a sua autoridade para impedir o fornecimento de produtos com tecnologia americana para a Huawei.
A nova extensão da licença até 15 de maio (marcando um ano desde a primeira imposição) permite às empresas americanas continuarem a fazer negócio com a Huawei. Os adiamentos de uma resolução final prendem-se com a necessidade do Departamento de Comércio americano medir o impacto e os custos nas empresas e organizações que usam tecnologia da fabricante chinesa, quando a licença expirar. "Já existem problemas suficientes com serviços de telefone nas comunidades rurais - não queremos deitá-las abaixo. Por isso, um dos principais propósitos das licenças temporárias é permitir que estes continuem a operar", referiu Wilbur Ross, o secretário do comércio dos Estados Unidos, na altura.
As áreas mais remotas do interior são as mais afetadas pela ausência da licença para a Huawei operar, utilizadas pelas operadoras rurais, sobretudo em redes 3G e 4G suportadas por equipamento da Huawei. Até lá, o governo emitiu legislação para reembolsar as telecoms com menos de 2 milhões de clientes que trocarem o equipamento da fabricante chinesa das suas redes.
Segundo o documento que oficializa a extensão, a Huawei continua a operar nas redes existentes e equipamento, suportando os serviços mobile existentes, incluindo investigação crítica de cibersegurança para manter a integridade dos serviços. As aplicações das licenças vão continuar a ser revistas sob o pressuposto de negação.
De recordar que a Huawei foi colocada em maio de 2019 na lista negra dos Estados Unidos, impedindo qualquer venda de produtos e serviços de empresas norte americanas à chinesa, agora em suspenso até 15 de maio.
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