"Enterprise Integration: A Priority For Business" é o nome de um estudo realizado pela American Management Systems (AMS), uma consultora de negócios e de tecnologias de Informação, sobre integração empresarial - um conceito definido pela AMS como a integração efectiva dos processos de negócios, aplicações, organizações e implementação de soluções técnicas para a suportar - que indica que, embora a maioria das empresas europeias se aproxime daquele objectivo, essa aproximação é efectuada numa base de projecto-a-projecto, respondendo num curto prazo a prioridades determinadas, em vez de se trabalhar na integração estratégica da empresa como um todo.
Efectuada em 155 empresas da área dos serviços financeiros, seguros, telecomunicações e serviço público, esta pesquisa liderada pela AMS aponta para a necessidade de demonstração do retorno de investimento por parte das empresas, proveniente dos seus projectos de integração, e para a falta de objectivos quantificáveis na maior parte das mesmas. Cerca de 34 por cento das organizações estudadas adoptam projectos sem objectivos quantificados e 40 por cento não conseguem prever o montante passível de retorno. Por outro lado, os actuais projectos de integração são conduzidos por pressões económicas e competitivas, pelo necessidade de cortar custos, verificando-se, no entanto, um aumento de serviços de suporte a clientes.
Neste momento, menos de 40 por cento das empresas tem uma equipa para coordenar a implementação de uma estratégia de integração empresarial, de acordo com a AMS. "Estimamos que 30 por cento dos orçamentos de integração são desperdiçados em práticas de integração ineficiente", concretizou Nick Leyland, director de integração empresarial da AMS, em comunicado presente no site daquela consultora, acrescentando que as empresas precisam de se disciplinadar e de realizar uma aproximação holística para justificar as suas iniciativas de integração e desenvolver um programa para tal que demonstre as ligações e as dependências entre os projectos".
A pesquisa da AMS utilizou um modelo baseado na maturidade de integração reflectido em quatro níveis de análise, tendo como objectivo verificar o estado actual da integração empresarial nas empresas europeias. Mediante essa grelha de análise, aquela consultora constatou que apenas 25 por cento das empresas se moveram para lá do nível dois de integração estrutural (usando ferramentas de middleware para conectar as suas aplicações). Somente cinco por cento dos entrevistados estão a integrar nos seus negócios parceiros e fornecedores, de modo a procederem ao alargamento da sua oferta de serviços. Vinte e cinco por cento das empresas presentes no estudo ainda têm de reestruturar as suas prioridades, visto não possuírem quaisquer perspectivas de integração entre sistemas, reflectindo-se em grandes custos para o negócio.
Este estudo também revela que 77 por cento das empresas estão a usar suporte externo para prover a integração de sistemas e gestão de necessidades. Nick Leyland conclui "que a integração efectiva exige experiência e expertise que normalmente não fazem parte dos departamentos de TIS". Aquele consultor sublinha também que as empresas devem procurar um parceiro com um programa de gestão e com capacidades de consultoria, à semelhança do que acontece na informática onde existem os especialistas técnicos de sistemas proprietários. "Uma metodologia robusta de integração é essencial pois é o único antídoto real para a complexidade que perturbam muitas vezes os programas de integração", salientou Nick Leyland.
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