O interesse por parte dos consumidores norte-americanos no acesso à Internet a alta velocidade ou em banda larga deverá registar uma diminuição nos próximos anos, uma vez que o número de cidadãos dos Estados Unidos que afirmam estarem satisfeitos com as ligações em dial-up está a aumentar. Por sua vez, são também muitos os que afirmam que o serviço não é disponibilizado na sua zona geográfica, revela um estudo conduzido pelo Projecto Pew Internet and American Life.

Apesar de o número de assinaturas de serviços de banda larga ter aumentado 50 por cento entre Março de 2002 e Março de 2003 - período analisado pelo estudo -, o que corresponde a um terço dos utilizadores domésticos da Internet. Menos assinantes de serviços dial-up estão dispostos a migrar, isto é, apenas 43 por cento face aos 53 por cento registados no ano passado. Este grupo de cibernautas é composto normalmente por utilizadores experientes - que já estão online há mais de seis anos -, que consultam activamente informação e publicam frequentemente conteúdos na Web.

Segundo o projecto, cerca de 30 milhões de norte-americanos - 16 por cento da população - acedem à Internet utilizando ligações de alta velocidade em casa, oferecidas por operadoras locais de cabo como a Cox ou mediante serviços de DSL disponibilizados por operadoras de telecomunicações como a Verizon. Em contrapartida, mais de 60 milhões de norte-americanos, ou 70 por cento de todos os cibernautas nos Estados Unidos, acedem à Rede através de ligações do tipo dial-up.

De acordo com o Pew Internet, o nível de adopção da Internet paralisou durante o último ano e meio, tendo o número de adultos norte-americanos que acedem à Net ficado pelos 58 por cento. Estes dados indicam que o mercado da Internet está a amadurecer nos Estados Unidos, assim como o número de acessos em banda larga.

Entre os lares que possuem ligações de banda larga, os cable modems continuam a ser o suporte preferido face ao serviço DSL da operadora telefónica. No primeiro inquérito datado de Março de 2002, 63 por cento dos utilizadores domésticos de banda larga possuíam cable modems, comparando com os 34 por cento de cibernautas que se ligavam à Internet mediante o recurso a tecnologia DSL. Em Março de 2003, 67 por cento dos utilizadores domésticos de banda larga ficavam online mediante o recursos a cable modems, face aos 28 por cento que recorriam a DSL. Desta forma, o cabo recolhia 21 milhões de utilizadores, ao passo que os serviços de DSL apenas possuíam nove milhões de assinantes.

O estudo refere ainda que a banda larga não está disponível em 30 por cento do território, especialmente nas áreas rurais. Para a realização deste estudo, o projecto efectuou dois inquéritos separados. O primeiro, realizado em Março de 2002, entrevistou 1.495 pessoas para determinar o número de norte-americanos que utilizavam ligações de banda larga. O segundo, conduzido em Outubro, entrevistou outras 1.677 pessoas - entre as quais, 1.027 utilizadores da Internet - para determinar quem tinha acesso a banda larga e quem pretendia obtê-lo.

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