Considerado pelo executivo comunitário como fundamental para impulsionar a indústria e os serviços europeus e garantir a independência da Europa face aos Estados Unidos, o programa GALILEO viu hoje aprovado o seu financiamento por parte dos ministros dos Transportes da União Europeia.



O programa é composto por uma rede de 30 satélites (27 operacionais e três de reserva) concebida para cobrir toda a superfície terrestre, cujo custo de desenvolvimento até ao seu lançamento, em 2008, está estimado em 3,4 mil milhões de euros. O projecto implica ainda a construção de dois centros de controlo na Europa para supervisionar a operação dos satélites e gerir o sistema de navegação.



Esta constelação de 30 satélites tem como grande objectivo concorrer com o sistema norte-americano GPS (Global Positioning System) e garantir a independência tecnológica da UE.



A tecnologia de radionavegação por satélite permite ao utilizador de um receptor captar sinais emitidos por diversos satélites para determinar com precisão, a hora e a sua posição em longitude, latitude e altitude. Tal tecnologia poderá aplicar-se a uma vasta gama de áreas, nomeadamente aos transportes, medicina, justiça, serviços aduaneiros ou agricultura.



Embora avessos ao projecto, pois garantem que o GPS é capaz de responder a todas as necessidades mundiais, os Estados Unidos estão interessados numa cooperação que assegure a compatibilidade do GALILEO com o GPS, permitindo o acesso a utilizadores dos dois lados do Atlântico, notíciou a agência Lusa.



Mas a UE pretende igualmente que o seu sistema de localização por satélite seja compatível com o norte-americano e com o russo GLONASS, ambos sistemas militares, ao contrário do europeu que, segundo os Quinze, terá apenas fins civis.



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