Em agosto de 2020, o governo anunciava a aquisição de 12 drones preparados especialmente para a vigilância, observação e coordenação para fazer frente à época dos incêndios das florestas. O investimento foi de 4,5 milhões de euros, foi autorizada no Conselho de Ministros de 30 de abril e pretende responder à necessidade de vigilância aérea adicional para o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais, que integra também cerca de 60 aviões.
Nesta quarta-feira foi registada a queda de um dos drones, que estava a ser operado a partir da Base Aérea 11, localizado em Beringel, pertencente a Beja. Os bombeiros confirmaram o incidente, colocando meios à procura da aeronave não tripulada. Este é o terceiro drone a cair no prazo de um ano, e na mesma localização. O primeiro foi em setembro de 2020, numa queda junto à barragem Trigo de Morais na freguesia do Torrão, em Alcácer do Sal. O segundo caiu em outubro numa propriedade agrícola perto de Odivelas, no concelho de Ferreira do Alentejo.
Numa nota publicada pela Lusa, a Força Aérea decidiu suspender todos os voos que envolvem estes drones, após o registo do novo incidente para investigar. É ainda referido que a queda de ontem deu-se numa área não habitada, a 8 quilómetros da base aérea de Beja. O incidente ocorreu quando o aparelho estava a regressar à base e se preparava para aterrar, duas horas depois de estar no ar, por volta das 20h00. Em comunicado a FAP informou que a aeronave não tripulada estava a realizar uma missão de treino.
Foi ainda adiantado pelo porta-voz da Força Aérea que os danos no drone foram estruturais, sem vítimas ou danos a terceiros. No entanto, as operações em todo o país foram interrompidas para apurar o que aconteceu. No seu lugar, vão ser usados aviões tripulados para fazer a vigilância das florestas.
O objetivo dos drones era facilitar a identificação de incêndios nas suas fases iniciais, auxiliando ainda o processo de decisão do Comando para as Operações de Combate através da informação que captam e transmitem. Contribuem também para as operações de rescaldo, vigiando pontos onde possam ocorrer reacendimentos.
Foi esclarecido na altura de aquisição que estes sistemas aéreos não tripulados, permitem, um custo mais baixo de aquisição e operação que os sistemas aéreos tripulados, além de manter uma vigilância contínua, já que podem permanecer no ar cerca de 12 horas consecutivas.
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