Nos últimos sete anos as fraudes em pagamentos online aumentaram 137%. Neste período, só entre 2018 e 2020 este indicador abrandou, para depois disso disparar para valores nunca vistos nos anos anteriores. Entre 2020 e 2021, o número de casos reportados de fraudes em pagamentos online disparou 62%, para um total de 1.862 e o número de vítimas associado a estes eventos foi de 293 milhões.
Os dados foram compilados pela Seon, uma empresa britânica com serviços de prevenção de fraude, mas têm por base informação recolhida pelo Identity Threat Research Center nos Estados Unidos, ilustrando a explosão no número de eventos deste género e as tendências que os acompanham. Vale a pena recordar que este período coincide com o início da pandemia, altura em que o número de pagamentos realizados online também ele disparou para números nunca vistos.
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A tipologia de ataques mais comuns em esquemas de fraude online também tem sofrido algumas alterações. O phishing continua a ser a ameaça mais predominante, mas os casos de ransomware dispararam e só entre 2020 e 2021 duplicaram. O malware é o terceiro tipo de ferramenta mais usada para violar sistemas de terceiros e lançar uma tentativa de fraude financeira.
Já os setores mais visados por este tipo de esquema são a indústria e utilities, tecnologia e saúde. Numa análise por volume de dados comprometidos, a saúde troca de lugar com a indústria e passa a liderar a tabela.
No que se refere à informação roubada, embora a maioria seja irrelevante do ponto de vista financeiro, nem toda é. Entre os dados mais roubados estão a identificação completa das vítimas, data de nascimento, número de segurança social e história clínica. Esta última, na sequência do crescimento do número de falhas exploradas em sistemas de saúde.
Os mesmos dados mostram que os sistemas de pagamentos móveis ou digitais asseguram hoje 41,8% dos pagamentos realizados em todo o mundo. Os cartões de débito e crédito seguem na segunda posição, sendo opção para 34,8% dos pagamentos feitos em todo o mundo, muitos deles realizados online com esses dados, mas sem a presença do cartão físico.
Na EMEA (Europa, Médio Oriente e África) o peso das carteiras digitais e pagamentos móveis ainda está abaixo da média, impulsionada pela utilização destas opções na Ásia, mas também já lideram, assegurando um quarto de todos os pagamentos.
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