O processo de fusão entre a Western Digital e a Kioxia poderá ser finalizada em setembro, num negócio de mais de 20 mil milhões de dólares, avança o The Wall Street Journal, citando fontes próximas do assunto. As empresas já estão há muito tempo em conversações e neste momento estão apenas a acertar alguns detalhes. A Western Digital pode pagar o negócio com ações, e a nova empresa combinada deverá ser liderada pelo seu chefe executivo, David Goeckeler.

Apesar do negócio estar bem encaminhado, não há garantia que esteja seja mesmo finalizado. O The Wall Street Journal diz que mesmo a Kioxia poderá optar por uma oferta pública inicial, anteriormente planeada ou mesmo escolher outro parceiro, visto que a Micron Technology Inc. também estava interessada na aquisição.

A Kioxia produz chips para memórias flash NAND, usadas em smartphones, servidores e outros equipamentos. A ideia da fusão é impulsionar a produção das soluções de armazenamento, aumentando a sua capacidade concorrencial à China.

A fusão entre as gigantes americana e nipónica teria de passar tanto pelo escrutínio e autorização do governo japonês, como também americano, depois de ambas chegarem a acordo. O negócio tornaria a nova empresa que surgisse da fusão como uma das maiores fabricantes de soluções de armazenamento, sobretudo memórias NAND Flash do mundo.

No top do ranking das receitas relativas ao mercado de NAND Flash, segundo dados da Trendforce, a Samsung lidera o mercado com uma quota de mercado de 33,5%, dados do primeiro trimestre de 2021. A Kioxia surge em segundo, com 18,7% e a Western Digital em terceiro com 14,7%. Isto significa que se a Samsung tem liderado com quase o dobro da quota do mercado dos seus concorrentes diretos, a fusão das empresas coloca a gigante sul coreana com apenas 0,1% de vantagem, o que significaria um grande equilibro entre as duas.

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