A Google anunciou hoje, através da sua divisão humanitária, Google.org, cinco medidas estratégicas que irão marcar o futuro da empresa nos próximos cinco a dez anos. Com os projectos revelados hoje, assuntos relacionados com a problemática ambiental, epidemias e pobreza mundial passam a estar em cima da mesa da companhia nos próximos tempos.



A Google.org compromete-se a canalizar 25 milhões de dólares em investimentos e parcerias, comprometendo-se a suportar esforços que tornem possíveis às populações a previsão e prevenção de catástrofes, provenientes das alterações ambientais e sociais. O foco inicial da empresa vai para o sudeste asiático e África tropical, regiões onde se concentram algumas das epidemias mais preocupantes actualmente.



Para isso, a empresa vai aliar-se a alguns parceiros no terreno de forma a fortalecer as condições de prevenção e combate das populações face a estas ameaças.



Numa primeira fase, este plano envolve um investimento de 5 milhões de dólares, que reverterão a favor da criação da InSTEDD (Innovative Support to Emergencies, Diseases and Disasters). Esta organização ficará responsável pelos trabalhos no terreno junto de governos, cientistas e outras comunidades de investigação de forma a criar software e outras tecnologias que permitam aumentar as capacidades de detecção antecipada de ameaças à saúde mundial.



Cerca de 2,5 milhões de dólares serão entregues à Global Health and Security Initiative (GHSI), que deverá trabalhar na prevenção, detecção e resposta a ameaças biológicas através do fortalecimento das capacidades laboratoriais no Vietname, Cambodja e noutros países da região.



Por fim, serão ainda entregues 600 mil dólares à Clark University, que ficará encarregue de desenvolver um sistema que melhore a monitorização, análise e predição dos impactos da variação climatérica nos ecossistemas, alimentos e saúde em África e na Amazónia.



No que se refere aos serviços públicos, a Google.org pretende trabalhar com parceiros de forma a melhorar os serviços básicos em países emergentes, nomeadamente na Índia e na África de Este. Para isso, vai promover serviços essenciais como a educação, saúde, e saneamento básico nestes países. Esse esforço vai implicar um investimento de 3,365 milhões de dólares em três organizações indianas que actuaram nestes sectores: Pratham, no Centro de Estudos Políticos e Orçamentais de Bangalore e no Centro de Investigação Política.



A Google.org vai também tentar tornar mais fácil o acesso de PMEs de países emergentes a mercados financeiros maiores, tentando dessa forma promover o crescimento económico e reduzir a taxa de desemprego nesses países. Esta meta vai contar com um investimento de 4,7 milhões de dólares na TechoServe, que deverá focar-se nos mercados empresariais do Gana e da Tanzânia.



Outro investimento da Google foi para a RechargeIT, uma iniciativa que tem como objectivo promover a adopção de veículos eléctricos híbridos por estes serem mais amigos do ambiente, já que emitem uma menor quantidade de CO2 para a atmosfera e permitem uma redução significativa nos custos em combustível. A empresa considera ainda um investimento maior, que pode variar entre 500 mil e 2 milhões de euros, em empresas que estejam interessadas em promover este tipo de veículos.



Por fim, a última aposta da companhia vai para as energias renováveis, nomeadamente para a iniciativa RE

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