Olhar para uma ferramenta online, para uma startup ou para o serviço de um gigante da Internet pode parecer apenas isso mesmo. Mas a verdade é que tudo o que os utilizadores veem e usam tem por trás bastante investimento, investigação, desenvolvimento e patentes.

As patentes são uma parte nuclear de muitos negócios pois é a "chave-mestra" que permite desenvolver determinado produto sem que outras empresas repliquem essa ideia sem qualquer contrapartida. A propriedade intelectual é extremamente valiosa, sobretudo em tecnológicas como a Google, mas a gigante de Mountain View está disposta a dar patentes a startups.

O objetivo é ajudar jovens empresas a defenderem-se dos chamados trolls de patentes, entidades que tentam lucrar com o registo de propriedades intelectuais e que por vezes nunca chegam a desenvolver um único produto com as ideias registadas.

A iniciativa Patent Starter Program apenas vai permitir a “entrada” de 50 startups, sendo condição obrigatória faturar entre 500 mil a 20 milhões de dólares, escreve o TechCrunch.

Para ter acesso a um conjunto de patentes gratuitas por parte da Google as jovens empresas têm de fazer algumas concessões - como fazer parte de um grupo anti-trolls de patentes -, mas a possibilidade de aceder a um vasto portfólio de propriedades intelectuais será certamente tentador o suficiente para muitas startups.

A Google pode continuar a ganhar dinheiro com as licenças que “passa” de mão, mas garante ao mesmo tempo que as jovens empresas vão contar ainda com o apoio de outras tecnológicas, como a Dropbox, na luta contra os “abusadores” de patentes.

A tecnológica responsável pelo maior motor de busca do mundo foi esta semana notícia por ter apoiado a Samsung numa luta contra a Apple - a propósito das disputas relacionadas com propriedade intelectual.