O Governo, através do Ministério da Educação e da Ciência, quer preparar Portugal para as necessidades de emprego do futuro e gostava de ver uma maior aposta na informática e nas engenharias. Para isso "convidou" as instituições do Ensino Superior a alargarem as vagas nestas áreas.

"Recomenda-se às instituições de ensino superior que [...] privilegiem uma afetação de vagas que conduza ao aumento da oferta nas áreas de estudo 42 (ciências da vida), 44 (ciências físicas), 46 (matemática e estatística), 48 (informática) e 52 (engenharia e técnicas afins)", lê-se no despacho publicado em Diário da República.

Numa altura em que se tem debatido a necessidade da Europa responder à procura das empresas - sendo estimado que em 2020 vão ficar por preencher milhares de vagas de emprego na área das novas tecnologias -, as indicações do Governo vão no sentido de ajudar a colmatar esta falha.

De acordo com o Jornal de Notícias, no ano letivo 2014/2015 foram disponibilizadas 900 vagas para cursos de informática, mas 556 ficaram por preencher. Já os cursos de engenharia também ficaram com um terço das vagas por preencher.

Por causa da falta de profissionais na área das novas tecnologias têm surgido em Portugal vários projetos relacionados com o ensino e com a colocação profissional: caso da Academia de Código, Stuk.io e Jobbox.io.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico