A Groupon apresentou esta semana o esperado pedido de entrada em bolsa, com a qual espera arrecadar 750 milhões de dólares, meses depois da Google ter oferecido "5 a 6 mil milhões" pela empresa.

Embora o valor ainda possa sofrer alterações antes das acções da empresa começarem a ser transaccionadas, é já representativo do momento de crescimento vivido pela companhia.

Sem avançar, para já, a quantidade de acções que pretende colocar à venda ou o intervalo em que se situarão os preços, a companhia divulgou alguns números que ajudam a explicar o eventual interesse no negócio, como o facto de ter vendido quase tantos "groupons" no primeiro trimestre deste ano como durante o ano passado inteiro.

Até esta semana a empresa, que se dedica ao comércio de serviços em condições promocionais, válidas apenas durante um curto período de tempo (normalmente 24 horas), tinha vendido cerca de 70 milhões de cupões. Trinta milhões desses negócios foram celebrados durante 2010 e 28 milhões nos primeiros três meses de 2011.

No último ano as receitas da empresa situaram-se nos 713 milhões de dólares, o valor quase foi "batido" nos primeiros três meses de 2011, em que a companhia fez vendas na ordem dos 644 milhões de dólares - um crescimento de 13,56 por cento face a um ano antes.

A Groupon é o mais recente exemplo de start ups a operar na área da Internet que anunciam entrada em bolsa, com o LinkedIn a ser apontado como um dos exemplos mais mediáticos nos últimos tempos. Depois de muita especulação, a rede social profissional abriu o seu capital aos investidores excedendo as expectativas, quando viu o valor das acções quase duplicar no seu primeiro dia em bolsa.

Depois do anúncio da Groupon as expectativas concentram-se agora sobre empresas como o Facebook e o Twitter, a respeito das quais têm sido avançados vários rumores sobre potenciais entradas em bolsa.

Nota de Redacção:A notícia corrigida em alguns dados, incluindo no título, o que faz com que sejam apagados os comentários à sua versão anterior.