Três grupos norte americanos de defesa da privacidade decidiram opor-se à compra da DoubleClick pelo Google, recentemente anunciada. As organizações pedem à Comissão Federal do Comércio (FTC) que impeça o negócio ou que obrigue as empresas a deixar a prática de manter registos sobre a actividade dos internautas, o que é considerado um acto violador da privacidade.

A compra da DoubleClick pelo Google tem vindo a gerar protestos de várias áreas, desde empresas ameaçadas pelo domínio massivo do mercado da publicidade online, com a agregação de 80 por cento do mercado, quer dos defensores da privacidade.

A queixa foi hoje entregue pelo Electronic Privacy Information Center (EPIC), o Center for Digital Democracy (CDD)e o Public Interest Research Group (US PIRG), três das principais organizações de defesa dos direitos civis nos Estados Unidos.

As organizações esperam que a FTC consiga obter do Google uma série de garantias de salvaguarda da privacidade online, entre as quais a promessa de destruir todos os cookies e identificadores que resultam de pesquisas no motor de busca e da visualização e cliques em banners publicitários.

A utilização do histórico de pesquisas dos utilizadores, que o Google usa para definir a importância das páginas nos resultados de busca e a colocação de anúncios nas páginas, fica assim ameaçado, assim como a actividade da empresa agora comprada que associa cookies aos banners e partilha depois a informação com os anunciantes para que estes verifiquem os resultados da publicidade.

Na queixa apresentada pelas três organizações pode ler-se que nem o Google nem a DoubleClick tomaram as medidas adequadas para salvaguardar a informação pessoal que colecciona. "A aquisição vai criar riscos únicos à privacidade e violar normas estabelecidas para a conduta dos anunciantes online", adianta.

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