
Na União Europeia, o WhatsApp não começa a exibir anúncios direcionados antes do próximo ano. A garantia foi dada pela empresa ao regulador britânico da proteção de dados, que por norma assume a liderança na análise de alterações que possam infringir ou levantar dúvidas, face à regulação europeia para o sector.
Nos detalhes partilhados pela empresa, garante-se que os dados dos utilizadores usados para segmentar publicidade mostrada serão mínimos e genéricos, mas o tema levantou de imediato um debate entre organizações de defesa dos direitos de privacidade.
Na Europa, as regras a este nível são restritas e a conformidade de um modelo deste tipo com o Regulamento Geral da Proteção de Dados exige cuidados que noutras regiões podem não ser necessários.
Em declarações à imprensa, citadas pelo site Político, o comissário Des Hogan, responsável do regulador irlandês revelou que a Meta, dona do WhatsApp, já garantiu que não tem planos para fazer chegar as alterações à região durante este ano.
Antes disso, representantes da empresa vão encontrar-se com o regulador para discutir o novo modelo. "Esse novo produto só será lançado no mercado da UE em 2026. Fomos informados pelo WhatsApp e vamos reunir-nos com eles para discutir quaisquer outras questões".
O mesmo responsável adiantou que o tema será também debatido com outras autoridades de proteção de dados da região, "para que possamos refletir quaisquer preocupações que tenhamos enquanto reguladores europeus".
O WhatsApp já tinha dito que o novo modelo de publicidade para a rede social avançaria progressivamente, até chegar a todas as regiões do globo. Os anúncios vão ser uma entre várias novidades que a Meta está a preparar para a rede social e que anunciou nos últimos dias.
Esse tipo de conteúdo vai surgir nas zonas de Estado e Canais da plataforma e vão permitir aos utilizadores encontrar novos negócios e começar uma conversa com os mesmos sobre os produtos ou serviços promovidos.
Para mostrar anúncios que sejam do interesse dos utilizadores, a plataforma vai usar “informações limitadas”, como país, cidade, ou idioma dos utilizadores, bem como os Canais que segue, ou detalhes sobre a forma como interage com os anúncios que vê.
“Nunca venderemos nem partilharemos o seu número de telemóvel com anunciantes”, e o mesmo vale para mensagens pessoais, chamadas e grupos aos quais os utilizadores pertença, assegura a Meta que já fez movimentos idênticos no Facebook e Instagram, reservando opções sem publicidade para planos pagos.
Relacionado com o mesmo tema está outra novidade. O separador Atualizações passará a integrar uma opção de subscrições de Canais, que dará acesso a conteúdos exclusivos desses canais, mediante o pagamento de uma subscrição.
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