O sector financeiro tem sido um dos alvos preferenciais dos hackers que, através do envio de mensagens com códigos maliciosos, conseguem aceder a bases de dados e contas pessoais dos clientes, desviando dinheiro ilicitamente. As correctoras não são excepção e já existem várias firmas nos Estados Unidos a reclamarem o desfalque de milhões de dólares das contas dos seus clientes que agora têm de ser repostos com os fundos das empresas.



A Comissão do Mercado de Valores norte-americana (SEC) alertou para a existência de ataques a contas de corretagem online através de spyware, levando terceiros a aceder remotamente às quantias guardadas.



A última empresa a confirmar ter sido alvo de ataque foi a correctora TD Ameritrade Holding, que afirmou ter sofrido um prejuízo na ordem dos 4 milhões de dólares, durante o terceiro trimestre, um valor que apesar de elevado, ficou muito aquém dos 18 milhões registados no mesmo período pela E*Trade Financial Corp..



Ambas as correctoras garantiram o reembolso dos clientes que foram defraudados e o reforço das estratégias de segurança utilizadas, uma manobra que já fez com que "o número de ataques nas últimas três semanas fosse praticamente nulo", afirmou Mitchell Caplan, CEO da E*Trade, publicou a Reuters.



Na maioria das vezes, os esquemas utilizados são efectuados a partir de computadores públicos, ou através da monitorização de um equipamento infectado com algum tipo de spyware que permita adquirir ilicitamente os números de conta e password dos clientes, referiu a SEC. Depois de aceder aos dados pessoais do utilizador os hackers assumem a sua identidade online podendo vender acções, manipular o seu preço de aquisição ou desviar dinheiro, afirmou a mesma fonte.

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