Os resultados do primeiro semestre de 2019 acabam de ser divulgados numa conferência de imprensa e analistas que decorre em Shenzhen, na China e que está a ser transmitida em streaming para todo o mundo. O SAPO TEK acompanhou a conferência onde o Chaiman da Huawei, Liang Hua, sublinhou a confiança de que é possível continuar a crescer e apresentar valores positivos em 2019 mas com "desafios" relacionados com o impacto das sanções impostas a empresa a 16 de maio pelos Estados Unidos, que podem afetar também os lançamentos de novos produtos.
No primeiro semestre a Huawei registou um crescimento de faturação de 23,2% face ao mesmo período de 2018, com 401,3 mil milhões de yuan de receitas e uma margem operativa de 8,7%, indicadores que Liang Hu sublinha que são robustos.
A empresa continua a atravessar um periodo de dúvida despois das sanções impostas pelos Estados Unidos, e a colocação da Huawei na lista negra de relações comerciais, o que impede as companhias norte americanas de fornecer produtos e serviços. Na conferência Liang Hua chegou mesmo a usar a expressão de que a empresa está a lutar pela sobrevivência, ao mesmo tempo que procura crescimento do negócio, e que a estratégia tem de ser diferente, embora sublinhe que os objetivos são os mesmos a nível global.
118 milhões de smartphones vendidos
Na área de consumo a empresa vendeu 118 milhões de unidades de smartphones, num crescimento de 24% que inclui a marca Honor, e nos computadores, tablets e wearables é referido também um crescimento rápido. Nas áreas de negócios empresariais e de infraestrutura de telecomunicações há igualmente crescimento a registar e Liang Hua sublinhou em conferência de imprensa que o negócio de redes 5G não foi afetado pelas sanções nos EUA. "Desde maio fechámos mais 11 contratos de 5G", afirmou.
O chairman da Huawei confirmou também uma quebra nas vendas depois de maio de 2019, mas afirma que a empresa ja recuperou "80% da performance de vendas" que tinha antes das sanções.
Para o segundo semestre Liang Hua não se comprometeu com números mas afirma que o impulso que a empresa tem nestes primeiros meses traz confiança de manter crescimento.
Android continua a ser a principal questão
Durante a conferência as sanções dos Estados Unidos e o fornecimento de componentes e software estiveram em foco, e centraram a larga maioria das questões dos jornalistas chineses e internacionais. O Chairman da Huawei foi claro quanto ao seu optimismo, voltando a agradecer aos fornecedores que têm continuado a colaborar com a Huawei mas sublinhando que há ainda incertezas.
"Gradualmente estamos a recuperar a nossa cadeia de fornecedores", afirmou, adiantando porém que isso está a acontecer em componentes não críticos. "Nos produtos críticos ainda não vemos recuperação", afirmou, esclarecendo que no sistema operativo Android não há ainda certezas sobre a continuidade da relação com a Google, e que esse é o principal desafio para o segundo semestre de 2019.
"Se os EUA mantiverem as sanções relacionadas com o sistema operativo temos capacidade para desenvolver o nosso sistema operativo e o ecossistema [...] Mas temos referido que preferimos continuar com o Android, esse é o nosso objetivo", confirmou Yao Fuhai, membro do conselho de administração e responsável pela área de logística com fornecedores.
O lançamento dos próximos smartphones da marca, incluindo o Mate 30 que estaria agendado para outubro, foi também uma das questões, e Liang Hua foi muito claro, lembrando que ainda recentemente o Mate 20 X foi atualizado mas que o Mate 30 e o dobrável Fold estão dependentes da decisão relacionada com o sistema operativo Android. Mas garante que a empresa está preparada para todas as eventualidade.
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