De acordo com o South China Morning Post, a Huawei suspendeu a produção de smartphones enquanto reavalia o objetivo a que se propôs: ser a maior vendedora de telemóveis do mundo até 2020.

A Foxcon, uma das maiores fabricantes, que fornece empresas como a Apple, Sony, Nokia e Xiaomi, terá reduzido várias linhas de produção na sequência da redução de encomendas da Huawei, diz o mesmo jornal citando fontes da Foxconn.

“Tendo em conta este novo constrangimento, é ainda muito prematuro comentar se vamos conseguir alcançar o nosso objetivo”, comentou Zhao Ming, presidente da Honor, uma submarca da Huawei para o mercado dos smartphones.

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O constrangimento a que Ming se refere é a proibição imposta pelo governo norte-americano, que coloca a tecnológica numa lista negra de empresas que não podem vender aparelhos no país, mas que afeta também a compra de componentes e softwate nos EUA, levando à quebra de parcerias com várias empresas como a Intel e a Google.

No primeiro trimestre de 2019, a quota de mercado da Huawei passou dos 10,5% (2018) para os 15,7%, segundo a Gartner. Recentemente, foi noticiado que a empresa estaria a finalizar o seu próprio sistema operativo, o que lhe permitirá subsistir no mercado, especialmente se a Google, enquanto empresa norte-americana, deixar de suportar os aparelhos da marca no ecossistema Android.

Por esta altura, a presença na lista negra impede a tecnológica de comprar serviços e produtos a empresas norte-americanas sem aprovação prévia. A medida é um golpe que impacta fortemente as ambições comerciais da Huawei, que pode assim perder acesso a um dos maiores mercados do mundo.