A IBM anunciou ontem a aquisição da PwC Consulting, a divisão de consultoria da PricewaterhouseCoopers, por um montante de 3,5 mil milhões de dólares (3.542,87 milhões de euros, um negócio que irá permitir à gigante de informática consolidar a liderança no mercado dos serviços de Tecnologias da Informação (TIs).



A unidade de negócios Global Services da IBM tem registado um fraco nível de crescimento, mas esta aquisição fará com que a companhia obtenha receitas adicionais de serviços no montante de 4,9 mil milhões de dólares (4,96 mil milhões de euros) e mais 30 mil empregados, bem como 1.300 novos parceiros.



O negócio irá estreitar a distância entre a IBM e a Hewlett-Packard, que expandiu o seu próprio sector de serviços através da aquisição da Compaq no início deste ano. Por outro lado, poderá também obrigar a uma série de realinhamentos entre fabricantes de material informático e firmas de serviços. Isto porque a PwC possui relações estratégicas com um número de concorrentes da IBM como a HP e a Sun Microsystems.



No auge do boom tecnológico, a HP concordou em pagar 18 mil milhões de dólares (18,22 mil milhões de euros) pela PwC Consulting, mas o início do declínio do sector das TIs obrigou a empresa a desistir da sua oferta.



A PwC estava a prever optar pela realização de uma Initial Public Offering (IPO - operação de entrada na bolsa) este ano e tinha mesmo decidido escolher um novo nome de marca. Contudo, Greg Brenneman, presidente e director executivo da PwC Consulting afirmou ontem que a companhia sempre tinha preferido uma aquisição por parte da IBM.



Segundo John Joyce, director financeiro da IBM, a companhia tinha inicialmente considerado apresentar uma oferta para a compra da PwC Consulting em 2000, mas na altura, "o preço não era justificável". Contudo, "o mercado actual criou uma oportunidade única para ambas as partes chegarem a termos mutuamente aceitáveis".



Doug Elix, vice-presidente sénior e executivo de grupo da IBM Global Services afirmou que a divisão agora adquirida será integrada na unidade de Business Innovation da divisão de serviços da gigante da informática, formando uma nova unidade chefiada por Ginni Romett, actual director geral da IBM Global Services Americas.



Apesar de a aquisição representar uma descida de 30 cêntimos de dólar dos lucros da IBM por acção durante o quarto trimestre, a empresa espera que o negócio impulsione imediatamente as suas receitas na área dos serviços e que contribua para um aumento dos lucros no final do próximo ano. Para o final de 2004, a IBM espera que a unidade registe um crescimento acima dos dez por cento nas receitas. O negócio precisa ainda de ser aprovado pelos parceiros da PwC e será também sujeito a aprovações por parte das autoridades regulamentares.


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