Um estudo hoje divulgado pela IBM indica que quase 70% da banca não foi capaz de quantificar os benefícios resultantes dos seus investimentos em TI, devido a lacunas ao nível de dados e de sistemas de medição. A empresa aconselha estas instituições e os gestores de TIs a aplicar também a esta área os princípios da gestão que orientam a actividade principal dos bancos.



A análise foi realizada através do IBM Institute for Business Value e abrangeu 165 grandes projectos de tecnologias nos maiores bancos europeus. O relatório indica que nos projectos avaliados os desvios de gestão foram diversos, sendo que um terço dos projectos decorreu para além do tempo limite, enquanto um quinto ultrapassou o orçamento previsto, e outros vinte por cento não cumpre o planeamento das funcionalidades desejadas ou o faz de maneira insuficiente.



"OOs bancos têm muita experiência na aplicação de técnicas avançadas de gestão de portfólio de forma a reduzir o risco e a aumentar o retorno dos investimentos. Mas só alguns, poucos, aplicam estas práticas aos seus investimentos em TI", afirma Cormac Petit, Managing Consultant do IBM Institute for Business Value e co-autor do relatório, citado por um comunicado.



A IBM defende que os bancos devem aplicar técnicas avançadas de gestão de portfólio, não só para reduzir o risco do investimento em tecnologias, mas também para aumentar o retorno de capital.



Segundo os dados do relatório, as instituições financeiras mantêm uma forte dependência da informação tecnológica, gastando globalmente mais de 235 mil milhões de euros em Tecnologias da Informação. Este valor representa - para os bancos de maiores dimensões -, entre 15 e 22 pontos percentuais das suas despesas operacionais.

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