Intel melhora vendas e lucros mas desilude na comparação com trimestre anterior

20 jul 2005 12:12

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Numa comparação homóloga os resultados da Intel melhoraram vendas e lucros em 15 e 16% respectivamente, mas na comparação com o 1º trimestre traduzem uma queda, ainda que as novas arquitecturas suportem já boa parte das vendas.

A Intel terminou o segundo trimestre com lucros de 2 mil milhões de dólares, num crescimento de 16 por cento, e vendas de 9,2 mil milhões de dólares que permitiram à fabricante de chips crescer 15 por cento nesta rubrica. Ambos os indicadores representam crescimento face ao período homólogo mas ficam aquém dos resultados obtidos no trimestre anterior.

Nas receitas a queda foi de 6 por cento, enquanto nos resultados líquidos foi de 2 por cento, uma descida que o mercado não esperava depois de uma revisão em alta das projecções para o segundo trimestre, apresentada pela Intel já em Junho.

No período entre Abril e Junho a Intel terá beneficiado da procura acima das expectativas registada no mercado de PCs e mais concretamente no segmento de notebooks. A nova plataforma da fabricante para este segmento, baseada no processador Pentium M, tem o nome de código Sonoma e suportou já metade das vendas de processadores da empresa, mesmo tendo apenas chegado ao mercado há três meses.

Para o próximo trimestre as previsões da empresa apontam para vendas entre 9,6 e 10,2 mil milhões de dólares. Em comunicado, Paul Otellini, CEO da Intel diz que na segunda metade do ano a fabricante espera continuar a colher frutos dos seus investimentos em novas plataformas, referindo-se ao início da produção em massa de processadores dual core e ao arranque de produção com recurso à tecnologia de 65 nanómetros.

Na mesma declaração o responsável desvalorizou as recentes acusações da AMD relativamente a alegadas práticas anti-concorrenciais da Intel, mostrando-se confiante numa resolução do processo a favor da líder de mercado e adiantou que para o terceiro trimestre a Intel planeia aumentar os investimentos em I&D.

Para esta área serão alocadas verbas entre 2,8 e 2,9 mil milhões de dólares, contra os anteriores 2,5 mil milhões. O objectivo é operacionalizar o processo de fabrico de chips a partir de tecnologia de 65 nanómetros e montar infra-estrutura para começar também a trabalhar com 45 nanómetros.