A Comissão Europeia admitiu ontem estar a investigar novamente a Intel a propósito de uma queixa por abuso de posição dominante que lhe chegou da concorrente AMD. A reabertura da investigação foi confirmada pela porta-voz da direcção Geral da Concorrência, liderada pelo comissário Mario Monti.



O processo contra a Intel não é novo e a queixa apresentada pela AMD chegou às mãos da Comissão há cerca de dois anos. Nessa altura o assunto foi investigado e não produziu quaisquer resultados, uma vez que as autoridades da concorrência europeias concluíram não existirem provas que fundamentassem o processo.



Segunda a porta-voz, o caso foi reaberto porque a AMD apresentou novas provas para fundamentar a sua acusação, que estão neste momento a ser apreciadas pela equipa da Mario Monti. Em simultâneo, a DG da Concorrência enviou 64 cartas a várias entidades do sector tentando obter mais informações sobre o eventual abuso de posição dominante, por parte da Intel.



O resultado destes contactos e da nova análise dos dados existentes levarão a Comissão a decidir se abre um processo formal contra a Intel ou, à semelhança do que fez há dois anos atrás, arquiva a queixa, explica o IBL News citando a porta-voz Amélia Torres.


Recentemente a Comissão anunciou também estar a investigar sete Estados-membros sobre o possível favorecimento da Intel na aquisição de processadores. No caso com a AMD, a acusação original tinha a ver com práticas de marketing pouco claras e acordos de exclusividade com fornecedores e distribuidores.



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