O terceiro fórum organizado pela Portuguese American Post-Graduate Society (PAPS), que se inicia hoje e dura até domingo, reunirá mais de uma centena de investigadores portugueses a trabalhar em projectos nos Estados Unidos. Este encontro, que decorrerá na Universidade da Carolina do Norte, contará com a presença de entidades relevantes do meio académico, empresarial e governamental dos dois países, para além de cientistas, que procurarão reconhecer os modos de intervenção desta comunidade científica para promoção do desenvolvimento em Portugal.

De acordo com números da Fundação da Ciência e Tecnologia, adiantados à Agência Lusa são cerca de 340 investigadores portugueses que se encontram a realizar doutoramentos e pós-doutoramentos nos Estados Unidos com bolsas nacionais, em pólos tecnológicos altamente conceituados, como por exemplo o Instituto de Tecnologia de Massachusetts - MIT (onde se encontram 21 cientistas bolseiros portugueses), Harvard (com 15), New York University (onde se encontram 11), Universidade da Califórnia - Berkeley (que conta com 8 bolseiros portugueses), Stanford University (com 7) e Princeton (com 6).

Luís Magalhães, presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), que intervirá no fórum num painel sobre Investigação & Desenvolvimento nas universidades e empresas, esclareceu à Agência Lusa que "o objectivo principal destes fóruns é desenvolver uma rede de relações entre os investigadores portugueses que trabalham nos vários pontos dos Estados Unidos e sintonizar a informação relacionada com Portugal".

Este encontro não tem por objectivo aliciar os investigadores portugueses para regressarem ao nosso país, após o término dos seus projectos de investigação, embora o PAPS tenha informação de que muitos deles poderão fazê-lo. Trata-se essencialmente, segundo aquele responsável, de "actualizar os cientistas sobre a realidade do país, sobretudo para os que o deixaram há mais tempo".


O fórum contará ainda com as presenças de Eduardo Marçal Grilo, administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, João da Rocha Paris, embaixador português nos EUA e António Borges director da Goldman Sachs.

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