Os clientes do Santander já podem fazer pagar por bens e serviços através de smartwatches. A nova solução digital desenvolvida a pensar em quem está sempre em movimento pode ser usada em qualquer terminal de pagamento contactless e, para pagar, basta apenas associar o cartão bancário ao wearable.
Para já, o novo serviço está apenas disponível para dispositivos com suporte às soluções de pagamentos digitais Garmin Pay e Fitbit Pay. Contudo, fonte oficial do Santander confirmou ao SAPO TEK que, em breve, o Banco conta anunciar a compatibilidade com serviços como o Apple Pay.
A instituição esclareceu que a sua visão já previa a disponibilização do serviço, tendo em conta a crescente tendência de utilização de wearables que estão cada vez mais preparados para fazer pagamentos. Com a pandemia de COVID-19 a acelerar o recurso a meios digitais contactless, a solução de pagamentos assume-se como uma mais-valia para os clientes Santander que usam smartwatches.
A segurança das operações de pagamento e dos dados dos clientes é uma prioridade. De acordo com o Santander, a ligação dos fornecedores dos serviços Garamin Pay e Fitbit Pay a marca como a Mastercard ou a Visa garantem a “certificação técnica de todos os protocolos de segurança”, assim, os dados de um cartão “nunca são guardados nem tão pouco partilhados com qualquer um dos fabricantes de wearables”.
A instituição sublinhou que no processo de adesão ao serviço de pagamentos é enviado um código certificado no Banco para o smartphone do utilizador. Após a introdução correta é disponibilizado um token específico e único para o smartwatch do cliente.
Além disso, como medida extra de segurança, o utilizador terá de introduzir um PIN por ele definido pelo menos uma vez por dia. “Depois da introdução e, desde que o relógio esteja no pulso, não é preciso colocá-lo mais nenhuma vez, a não ser que o utilizador o tire do pulso e nesse caso, é sempre preciso PIN”, explicou o Banco.
Digilosofia: Uma aposta a pensar nas novas necessidades digitais
O serviço de pagamentos através de smartwatches enquadra-se na Digilosofia, a filosofia de transformação digital do Santander. A estratégia apoiada na inovação baseia-se num serviço que promete adaptar-se às novas necessidades digitais dos clientes. A instituição indicou que aposta passa assim por “simplificar processos, reduzir o número de produtos e lançar soluções tecnológicas que permitam oferecer um serviço mais eficiente”.
O Santander revelou ainda que o número de clientes digitais tem vindo a aumentar e, tendo em conta dados dos primeiros três meses de 2020, já representam cerca de 900 mil. Ao todo, quase 40% das vendas já são feitas nos canais digitais, contando com 5 milhões de transações.
A aposta na tecnologia, através da digitalização e da automatização está também a modificar a forma como as operações se processam. “Atualmente, já há 35 processos a decorrer e mais de 7.500 execuções diárias, com grandes impactos na melhoria de processos, redução de risco operacional e controlo operacional”, afirmou a fonte oficial do Santander.
Com os novos procedimentos, o objetivo é facilitar contacto das pessoas com os serviços bancários, numa aposta que se traduz, por exemplo, em espaços como o Work Café: além de apresentar uma nova forma de relação bancária com ênfase na oferta digital, é também uma zona de co-working, com gabinetes e salas para reuniões e apresentações, e uma cafetaria.
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