Há pouco mais de quatro meses na direcção da Unidade de Coordenação do Plano Tecnológico do Governo de Sócrates, José Tavares adiantou em entrevista ao Jornal de Negócios algumas das linhas estratégicas que a UCPT quer aplicar nos próximos três anos. As áreas chave de actuação centram-se nos recursos humanos, capitais e tecnologia mas o coordenador tem em vista a racionalização de estruturas existentes do sistema de inovação português e aplicar uma lógica transversal nos programas de apoio que evite duplicações.



A necessidade de proceder à análise dos fundos disponíveis para apoiar a inovação, reorganizar o sistema nacional de inovação e apoiar e promover projectos de R&D nas empresas eram linhas já definidas da actuação da UCPT. A entrevista hoje publicada adianta mais alguns detalhes sobre as linhas de actuação da Unidade de Coordenação.



José Tavares reafirma que é necessário "olhar para o sistema de inovação, que envolve as empresas, as universidades, os centros tecnológicos, as agências do estado". "Vamos olhar para o sistema, que em geral é visto como tendo muitos instrumentos que por vezes duplicam funções e que têm missões mal definidas. Parte do Plano Tecnológico vai ser propor uma racionalização desses sistemas", explica ao Jornal.



O coordenador da UCPT confirma que a unidade pode propor o fim de alguns dos instrumentos, redefinindo a sua missão e mesmo podendo ser extintos alguns institutos. José Tavares defende ainda que o novo Quadro Comunitário de Apoio poderá ser uma oportunidade de transformação dos programas operacionais, ultrapassando-se a linha de financiamentos para áreas específicas e apostando na transversalidade, o que permitirá evitar duplicações.



O estudo que está a ser realizado por várias instituições a nível da caracterização de capacidades do sistema de inovação poderá estar pronto em Outubro, admite ainda José Tavares na entrevista.

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