Com taxas de crescimento mais altas do que as do PIB, a retoma do mercado nacional de TIs deverá começar este ano, impulsionada por factores relacionados com a nova era da mobilidade, o outsourcing, a segurança e a integração de sistemas, defende a IDC.



"A economia em 2003 apresentou um crescimento negativo do PIB, mas em 2004 e nos anos seguintes os crescimentos serão positivos e isso vai-se reflectir no mercado das TIs em índices mais altos", referiu Jorge Coimbra, administrador da consultora em Portugal, em declarações ao TeK, durante o evento IT Trends'2004, realizado esta manhã.



Um dos factores que contribuirá para que os índices de crescimento do mercado de TIs sejam mais altos do que os verificados no PIB é o que o responsável denomina de "nova era da mobilidade". "Não só a mobilidade relacionada com o UMTS, mas a que envolve a terceira geração móvel, o wi-fi, todos os sistemas wireless, a transformação do telefone no chamado smartphone", explica o administrador da IDC Portugal.



Jorge Coimbra acredita que toda a área que diz respeito à mobilidade dará um forte impulso ao mercado tecnológico. "Vai fazer com que o mercado de hardware cresça muitíssimo, assim como incentivar ao surgimento de novas aplicações e novos serviços das operadoras".



Os factores relacionados com a segurança informática e com o outsourcing - actualmente visto como uma alternativa para a contenção de despesas - serão igualmente importantes para a retoma na área das TIs segundo a IDC, assim como a integração de sistemas. "A integração é um processo obrigatório e será mais ainda quando entrarmos na nova era da mobilidade", garante Jorge Coimbra "Serão novos canais de acesso, novas aplicações, novos equipamentos que terão que falar uns com os outros, um novo mundo que vai ter que estar totalmente integrado".



De acordo com as previsões da IDC, o mercado nacional de TIs deverá alcançar um crescimento de seis por cento durante 2004. Para 2005, as estimativas apontam para um aumento de 10,9 por cento e para 2006 de 11,2 por cento. "São valores que reflectem bastante a recuperação face às quedas verificadas nos anos anteriores, tanto que em 2007 as nossas previsões de crescimento, embora positivas, já não são tão altas", salientou Jorge Coimbra.



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