Em nome de uma maior colaboração e de uma capacidade melhorada de resposta aos desafios do mercado, a empresa vai trocar as oito divisões de produtos em que agora se organiza por quatro áreas de engenharia, orientadas a temas: sistemas operativos; aplicações; cloud e dispositivos.



À margem desta divisão manter-se-á apenas o Dynamics (software empresarial), entendido pela empresa como um domínio que requer um foco especial e que encerra grande potencial.



A montante também há mudanças na organização da estrutura organizativa, que ficará arrumada por funções, transversais a toda a companhia: engenharia; marketing; desenvolvimento de negócio e evangelização; estratégia e investigação; finanças; recursos humanos; área jurídica; e operações, onde se inclui o suporte, atividade comercial e TI. Os nomes que vão dirigir cada uma destas áreas também já são conhecidos e denunciam várias mudanças.



Numa carta enviada aos funcionários é o próprio Steve Ballmer que explica os detalhes da reestruturação e que antecipa o final do ano como meta para implementar o novo modelo de organização.



O prazo tem em conta o envolvimento das equipas no lançamento ou consolidação de um conjunto de produtos-chave para a empresa neste momento, prevendo uma margem que garanta a boa continuidade dessas tarefas.



"A nossa estratégia passa a focar-se na criação de uma família de produtos e serviços para indivíduos e negócios que beneficia pessoas em todo o mundo, em casa, no trabalho e em movimento", refere Steve Ballmer na carta, frisando mais do que uma vez a necessidade de mudanças profundas na forma de a Microsoft comunicar e apresentar os seus produtos ao mercado.



O presidente executivo da Microsoft explica ainda na mesma comunicação que, para a multinacional norte-americana, esta remodelação tem em vista três dimensões principais: focar toda a companhia numa estratégia única; melhorar capacidades em todos os domínios; e garantir uma maior colaboração e agilidade em torno dos objetivos comuns da companhia.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Cristina A. Ferreira