A Microsoft terminou o trimestre com resultados melhores que os esperados pelo mercado. Os lucros avançaram 9%, para 18,3 mil milhões de dólares. As receitas fixaram-se nos 52,8 mil milhões de dólares, número que traduz um crescimento de 7% face ao mesmo período do ano passado.
Em comunicado, a empresa detalha que as receitas na área da produtividade e processos de negócio continuam a crescer, 11% nos três meses em análise. As receitas do Office para empresas cresceram 13%, no consumo o avanço foi apenas de 1%, com o número de subscritores do Office 365 a aumentar, neste segmento, para 65,4 milhões.
O maior destaque do trimestre vai no entanto para a área de soluções de cloud inteligentes, que valeu 22,1 mil milhões de dólares, mais 16% que nos primeiros três meses de 2022. Neste universo, a Microsoft sublinha em particular as receitas de serviços cloud e de produtos para servidores, em especial do Azure, onde conseguiu fazer crescer o negócio em 27%.
"Os modelos de IA mais avançados do mundo estão a juntar-se à interface de utilizador mais universal do mundo - a linguagem natural - para criar uma nova era de computação", sublinhou Satya Nadella, presidente e diretor executivo da Microsoft, citado em comunicado.
"Em toda a Microsoft Cloud, somos a plataforma de eleição para ajudar os clientes a obter o máximo valor das suas compras digitais e a inovar para esta próxima geração de IA", acrescentou ainda o responsável da gigante do software, que é um dos principais investidores da OpenAI. Recorde-se que a Microsoft tem vindo a integrar a tecnologia do ChatGPT em vários produtos empresariais e não só.
Na área da computação pessoal, e em linha com o resto do mercado, os números foram menos animadores. As receitas caíram 9% para 13,3 mil milhões de dólares, a refletir principalmente, o impacto do decréscimo nas vendas de licenças Windows para OEM (28%) e das receitas com a venda de equipamentos (30%)
Alphabet melhora receitas
A Alphabet também terminou o trimestre com números acima das expectativas, depois de ter começado o período com o anúncio de milhares de despedimentos.
A dona da Google e do YouTube alcançou receitas de 69,8 mil milhões de dólares entre janeiro e março, num crescimento de 3%. Os lucros, num período em que a empresa assumiu despesas de 2,6 mil milhões de dólares associados a despedimentos e reestruturação, ascenderam a 15 mil milhões de dólares, a cair 8,5%,
O YouTube foi uma das áreas de negócio a dar um contributo positivo para o trimestre. As receitas da plataforma de vídeos fixaram-se nos 6,7 mil milhões de dólares. Pela positiva nota ainda para as receitas de publicidade, que embora em queda, ficaram acima das previsões do mercado, totalizando 54,5 mil milhões de dólares.
Nota positiva também para o negócio de cloud da Google, que atingiu a rentabilidade e fechou o trimestre com um lucro operacional de 192 milhões de dólares, quando há um ano acumulava perdas de 706 milhões de dólares.
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