A Microsoft diz que saiu vencedora de uma disputa que mantinha desde 2010 com a Motorola, a quem acusava de violar sete das suas patentes na área das comunicações móveis. A Motorola termina o caso com o mesmo sentimento de vitória.



A dona do Windows acusava a concorrente de violar sete das suas patentes, mas a Internacional Trade Comission norte-americana acabou por só concordar com os argumentos da Microsoft no que se refere a uma das patentes e o caso termina com uma espécie de vitória dupla.



A patente que a Motorola Mobility viola nos seus dispositivos móveis está relacionada com uma forma de gerar pedidos de reunião e eventos de grupo, uma característica que a Motorola pretende retirar rapidamente dos dispositivos para evitar mais questões legais, de acordo com a imprensa internacional.



De sublinhar que o caso Microsoft/Motorola decidido pela ITC é o segundo esta semana a visar produtos suportados no sistema operativo Android. Ambos tiveram decisões desfavoráveis às parceiras da Google. O primeiro caso da semana, sobre o qual o TeK escreveu ontem, envolveu a HTC.



Tal como no caso HTC/Apple, o objetivo dos processos é impedir a acusada de continuar a vender os produtos que alegadamente violam tecnologia das queixosas. No caso Motorola/Microsoft a gigante do software queria ver fora do mercado um vasto leque de produtos da Motorola que correm Android e que usam a patente em questão, como o Xoom, Droid2, Droid X, DEvour, entre outros. Em alternativa a Motorola pode licenciar a tecnologia patenteada da Microsoft ou retirá-la dos modelos, para se manter no mercado.



Vale ainda a pena sublinhar o teor de mais algumas patentes que a Microsoft acusou a Motorola de violar. Incluem-se neste leque uma patente de 1998 relativa a um sistema que permite selecionar nomes de ficheiros sem uma limitação a 11 caracteres, ou uma patente de 2010 para uma forma de mostrar a força do sinal e a duração da bateria num dispositivo móvel.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Cristina A. Ferreira