No final do ano passado a Microsoft apresentou no Tribunal do Distrito Oeste do estado norte-americano de Washington um processo judicial contra a start-up Lindows.com especializada na produção de software para o sistema operativo de código aberto Linux, acusando-a de violar a marca registada Windows através da utilização dos nomes Lindows.com e LindowsOS para denominar a empresa e o seu novo sistema operativo, respectivamente. Agora, o tribunal tomou a sua primeira decisão, deliberando que a empresa pode continuar a empregar a denominação Lindows.



O juiz John C. Coughenour negou assim o pedido de embargo preliminar à Microsoft para impedir a utilização do nome Lindows, já que ela própria levantou algumas questões sobre a validade da marca Windows.



Para os responsáveis da Lindows.com a designação Windows é demasiado genérica para ser pertença de alguém, sendo o seu significado na informática anterior à utilização da Microsoft em 1983 – de salientar que tanto a Xerox, como a DEC e a Apple utilizaram o nome Windows durante anos para designar os interfaces gráficos de utilizador que incorporam elementos gráficos para exibirem e manipularem aplicações.



De acordo com o director executivo da Lindows.com, Michael Robertson, o objectivo da empresa é trazer de voltar para o sector dos computadores pessoais a liberdade de escolha, apresentando um sistema operativo que irá custar, segundo este responsável, um terço do valor dos produtos Microsoft.



A versão 1.0 do sistema operativo LindowsOS, que pretende fazer com que o Linux seja compatível com programas criados para o Windows da Microsoft, deverá estar disponível no final deste ano.



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