A propósito do início do prazo estabelecido federalmente pelo governo dos Estados Unidos para atribuição às empresas de vistos de trabalho H-1B, visando trabalhadores estrangeiros altamente especializados e com um grau académico mínimo de licenciatura, Jack Krumholtz, director geral da divisão de relações com o governo federal dos Estados Unidos da Microsoft, publicou um protesto público, em nome da empresa de Redmond, visando a escassa quantidade e métodos de atribuição dos vistos.

Segundo Krumholtz, o actual sistema impede a Microsoft e outras empresas e instituições americanas de contratarem e manterem, de forma permanente, alguns dos mais brilhantes técnicos e investigadores do mundo, prejudicando gravemente a indústria e o progresso norte-americanos.

Os 65 mil vistos H-1B disponibilizados, têm, nos últimos anos e devido ao volume de requisições, sido atribuídos na sua totalidade em apenas um dia. Dadas as limitações impostas e no ano passado, a Microsoft foi impossibilitada de contratar um terço dos candidatos estrangeiros mais promissores.

Krumholtz refere a incapacidade do sistema educativo americano de produzir técnicos especializados suficientes para suprir o ritmo de desenvolvimento da indústria, sublinhando ainda o facto de que muitos dos técnicos formados em universidades americanas são estrangeiros, "não sendo boa política privar as empresas americanas dos benefícios dos estudantes educados em faculdades norte-americanas, com o dinheiro de contribuintes americanos".

Segundo a Microsoft, a atribuição dos vistos não é apenas benéfica para as empresas norte-americanas, mas também para os cidadãos americanos em geral, já que cada visto atribuído dá em média origem a cinco outras contratações, num efeito de halo.



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