Não é difícil encontrar portugueses no Mobile World Congress. Nos corredores e pavilhões da Fira Barcelona até é comum ouvir “obrigados” e “desculpe” com alguma frequência. Mas, neste caso, é das empresas que falamos.

Entre os oito halls que compõem o complexo onde decorre este certame, o TeK encontrou sete empresas portuguesas com um stand dedicado ao seu negócio. No total, como referimos na passada semana, há cerca de 15 tecnológicas aqui presentes na capital catalã, mas oito delas estão apenas disponíveis na Montjuic Venue, uma zona externa de exposição deslocada da área central.

Em conversa com representantes de algumas destas tecnológicas, percebemos que há uma grande vontade em estar presente onde tudo acontece. "O nosso objetivo com esta presença é reunir com os nossos clientes e estar no mesmo sítio onde eles estão. Todos eles vêm ao MWC porque é uma das maiores feiras mundiais e, no fundo, os operadores móveis estão todos aqui", disse Mariana Jordão, diretora de estratégia corporativa da TIMWe Group em conversa com o TeK.

Inês Correia de Sá, relações públicas da WeDo Technologies, também atesta este sentimento. "A empresa esteve presente em todas as edições do evento desde a sua fundação e garante que esta não será a última vez. "É importante estarmos presentes porque estão cá praticamente todas as empresas dos segmentos com que nós trabalhamos. Não estar é quase como desaparecer do mapa", disse. "O retorno demora mais a chegar porque os nossos negócios concretizam-se durante um período médio de um ano. Mas conseguimos ver o retorno que obtivemos dos contactos que estabelecemos o ano passado e sim, compensa".

A WIT, por sua vez, outra das empresas com estatuto de "veterana" no MWC. Presente na feira desde 2006, assinala em 2017, 11 anos de presença contínua. Este ano traz mais uma vez novidades, e juntou aos tradicionais pastéis de nata que tem por hábito distribuir no seu stand, uma cerveja bem portuguesa, que é servida com a ajuda da KellyWITBot, uma robot que desafia os visitantes para um jogo de cultura geral e que, na soma de boas repostas, serve uma "jola" fresquinha como prémio.

O bot faz parte da nova plataforma que a WIT Software anunciou no MWC, o WIT Bot Platform, que tem um solução baseada em machine learning para operadores que tenham por objetivo disponibilizar bots aos seus clientes.

Mais nova nestas andanças é a Iki Mobile. Fundada em 2013, a empresa veio a Barcelona mostrar a sua linha de smartphones que, numa das variantes, integra uma característica bem portuguesa e que, de acordo com as demonstrações da empresa, lhe confere uma robustez acima da média. Falamos claro, de uma capa de cortiça.

A Aptoide é outra das caras conhecidas com que nos cruzamos nesta edição. Aquela que é a maior loja independente de aplicações de todo o mundo aproveitou a ocasião para apresentar uma nova imagem e expor a sua nova loja de apps para televisores. A empresa conta já com 140 milhões de utilizadores e tem, ao todo, cerca de 700 mil aplicações disponíveis na sua plataforma que dá grande foco à componente social.

O maior stand, no entanto, pertence à Celfocus. A tecnológica portuguesa já conta com negócios em mais de 25 mercados e o core das suas tecnologias, que são maioritariamente desenvolvidas para outras empresas, reside no apoio à competitividade e à performance dos seus clientes na indústria das telecomunicações.

Portugal contou também com uma presença no segmento da automação e da desmaterialização de processos através da Papersoft. A empresa foi fundada em 1999 e desde então já colocou mais de 300 profissionais no terreno em trabalho pela digitalização de burocracias e negócios.

Acompanhe todas as novidades do Mobile World Congress com o TeK, que está no terreno em Barcelona a fazer a cobertura do maior evento de dispositivos móveis do mundo