Uma possível fusão entre a Orange, líder, e a Bouygues reduziria de quatro para três o número de grandes operadores no mercado francês e respondia às necessidades de consolidação que todos os responsáveis da indústria têm defendido como essencial para a vitalidade do sector.

O negócio estava avaliado em cerca de 10 mil milhões de euros e não terá chegado a bom porto por causa da posição do Governo francês nas negociações, que controla 23% da Orange e não abdica de uma posição de relevo na nova empresa. A Bouygues, por seu lado, não aceitava ficar com menos de 15% da nova companhia o que tornou inconciliáveis os interesses das duas partes.

As negociações entre as duas empresas foram tornadas públicas no início de dezembro do ano passado. Esta não foi a primeira vez que a Orange se propôs a negociar com a Bouygues para travar reforçar a posição das duas empresas face à concorrência criando um operador líder mais forte.

Segundo a imprensa francesa, a primeira tentativa de negociação aconteceu ainda em 2014, também por iniciativa da Orange e não produziu resultados. As expectativas do mercado relativamente a um desfecho positivo para esta segunda ronda de conversas entre as administrações das duas empresas também não eram elevadas e um acordo acabou mesmo por se revelar impossível.  

Os dois primeiros prazos avançados pelas operadoras como limite ara alcançar um acordo já tinham sido ultrapassados e foi fixada uma última data, que acabou por não chegar, já que as empresas comunicaram o fim das negociações antes disso.