A Direcção-geral de Empresas da Comissão Europeia divulgou ontem o Índice de Inovação Europeu 2002 (European innovation scoreboard) com os resultados relativos ao ano de 2002. Este índice mostra que a União Europeia está a avançar em determinadas áreas mas que na maior parte dos indicadores de inovação continua ainda bastante atrasada em relação aos Estados Unidos e Japão, noticia o Cordis.



O índice deste ano é o primeiro a incluir valores dos países candidatos à integração na União Europeia e de países associados, como a Islândia, Noruega e Suiça. Este instrumento de benchmarking é utilizador pela UE para aferir a evolução da união em direcção ao objectivo de se tornar a economia baseada em conhecimento mais competitiva do mundo até 2010, uma meta definida aquando da Presidência Portuguesa da UE em 2000.



O índice é constituído por 17 indicadores, agrupados em 4 áreas: recursos humanos para a inovação, a criação de conhecimento, transmissão e aplicação de conhecimento e a área financeira e implementação em termos de mercado.



Os dados de 2002 confirmam que na maioria dos indicadores a União Europeia está atrasada em relação aos seus principais rivais: Estados Unidos e Japão. Enquanto o Japão se encontra à frente da UE em oito dos 10 indicadores para os quais existem dados comparativos, a Europa só ultrapassa este país asiático no indicador de acesso doméstico à Internet. Já em relação aos Estados Unidos, estão à frente da UE em oito indicadores. Porém, o índice deste ano mostra que a Europa está a avançar mais depressa que os Estados Unidos em cinco destes indicadores de inovação.



Alguns sectores crónicos foram ainda apontados por este índice, revelando que na União Europeia a área de Investigação e desenvolvimento e registo de patentes continua a revelar valores fracos, não mostrando melhorias em relação aos resultados obtidos em 2001.



O índice mostra ainda que os países da Europa do Sul estão a reduzir a sua distância em relação ao resto da União Europeia, com Portugal e a Grécia a mostrarem crescimento de despesas em Investigação e Desenvolvimento e a Espanha a colocar-se acima da média Europeia em relação ao emprego em serviços de alta tecnologia e no registo de patentes. A Itália é apontada como o único país do Sul da Europa que não regista grandes desenvolvimentos.

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