A Nokia apresentou hoje os resultados do primeiro trimestre do ano, surpreendendo o mercado e os analistas com resultados menos negativos que os esperados.

Numa altura em que se antecipavam quebras grandes no desempenho da companhia, a empresa reportou lucros de 344 milhões de euros, menos 5 milhões que o valor registado um ano antes.

As receitas registaram mesmo um crescimento de 9 por cento face ao período homólogo, situando-se nos 10.399 milhões de euros, ao invés dos 9.522 contabilizados em 2010.

Apesar de ter também revelado que as vendas de dispositivos cresceram nos três primeiros meses do ano, a empresa continua a perder quota de mercado para a concorrência.

De acordo com os dados da Strategy Analytics, citada pela Associated Press, a percentagem da fabricante finlandesa nas vendas de telefones desceu de 39 por cento em Março de 2010, para 24 por cento actualmente.

Os números da Nokia colocam a fasquia nos 29 por cento, menos 14 pontos percentuais que a percentagem que lhe cabia um ano antes, quando era responsável por 33 por cento das vendas - e ainda inferior aos 31 por cento que ainda conservava em Dezembro de 2010.
Atente-se numa ou noutra contagem, desde o final dos anos 90 que a companhia não via a sua quota de mercado descer a estes níveis.

A empresa afirmou, no entanto, que entre Janeiro e Março de 2011 tinha vendido 24 milhões de smartphones, mais 13 por cento que no mesmo período de 2010 e o valor médio dos equipamentos vendidos também subiu, sugerindo que a marca vendeu mais equipamentos de gamas mais altas. No total, foram comercializados 108,5 milhões de telemóveis Nokia nos primeiros três meses do ano, detalhou a fabricante.

Na apresentação à imprensa internacional, o CEO da empresa, Stephen Elop acrescentou ainda que a companhia tinha agora assinado o acordo "definitivo" com a Microsoft. A parceria, anunciada em Fevereiro, vai juntar as empresas na produção de smartphones com Windows Phone 7.