Chegou ao fim o conjunto de acções legais que opunham a Nortel e os seus accionistas na disputa dos valores financeiros perdidos desde 2001. O acordo entre as duas partes foi declarado ontem, com a fabricante de produtos de telecomunicações a assumir o pagamento de 575 milhões de dólares, em dinheiro, e acções equivalentes a cerca de 14,5 por cento do seu valor actual.
A sentença prevê ainda o pagamento de 228,5 milhões de dólares e atribuição de metade dos lucros obtidos pela empresa com as indemnizações recebidas pelos danos causados pelo antigo presidente, Frank Dunn, e por outros executivos financeiros envolvidos no processo.
Na totalidade, a Nortel deverá reembolsar todos os lesados em 2,45 mil milhões de euros, escreve a Reuters.
Este caso ganhou novos contornos quando se tornou público que os fundos declarados nos anos fiscais de 2001 a 2003 não correspondiam aos valores realmente obtidos pela empresa. O escândalo levou ao despedimento de Frank Dunn e outros executivos.
O processo envolveu duas acções legais diferentes provenientes de dois grupos de accionistas que queriam o reembolso de todos os benefícios perdidos. Este processo tornou-se um dos mais complexos e extensos dentro da área da fraude empresarial neste sector.
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