A Oni Communications admite estar interessada em participar no leilão que definirá a escolha dos destinatários das licenças disponíveis para operar a quarta geração móvel, suportada na tecnologia LTE - Long Term Evolution.



Em declarações ao Jornal de Negócios, Xavier Martin, CEO da empresa, defende que devem ser atribuídas quatro licenças móveis e admite a possibilidade da Oni integrar um consórcio, como sócia minoritária, para participar no processo.



Neste consórcio podem estar outras empresas internacionais, um cenário que a verificar-se a empresa antecipa como de agrado para os seus accionistas e favorável ao seu investimento.



Sobre o leilão que distribuirá as licenças a disponibilizar para operar a tecnologia que fará evoluir para uma nova geração a oferta de serviços móveis, Xavier Martin defende que este deve ser "o mais aberto possível" e que pode estar aí uma oportunidade para abrir mais o mercado móvel, como a empresa tem reclamando.



O responsável nega, no entanto, qualquer semelhança entre o momento de presidiu ao nascimento da OniWay e o momento actual.



Recorde-se que a OniWay nasceu da Oni com o objectivo de garantir uma quarta alternativa móvel na terceira geração. O regulador abriu espaço para a exploração de quatro licenças de terceira geração e a OniWay assegurou a quarta.



Os longos atrasos no arranque da tecnologia acabaram por prejudicar a empresa e ditar uma morte à nascença. O espectro atribuído à OniWay acabou por ser distribuido pela TMN, Vodafone e Optimus que continuaram as únicas alternativas móveis no mercado.



A Oni seguiu caminho e há alguns anos saiu do mercado residencial para passar a dedicar-se, em exclusivo, ao mercado empresarial.



As licenças para a quarta geração móvel deverão ser leiloadas no próximo ano, de acordo com a informação disponibilizada no Orçamento de Estado para 2011, onde o procedimento vem referido.