Depois de ter recebido um parecer negativo por parte do DOJ nos EUA, a Oracle terá oportunidade para apresentar junto da Comissão Europeia, durante as reuniões marcadas para esta semana, os seus argumentos para a aprovação da aquisição hostil da PeopleSoft na Europa e contrariar as renitências de Bruxelas face ao negócio.



O executivo europeu, que deverá apresentar oficialmente a sua decisão a 11 de Maio próximo, teme que a transacção possa conduzir a uma diminuição do numero de intervenientes no relevante mercado do software empresarial europeu de três para dois, a Oracle e a alemã SAP.



Além de constatarem o impacto deste negócio no mercado das aplicações empresariais, os reguladores europeus também renitentes quanto aos potenciais efeitos do mesmo no mercado de bases de dados relacionais - o negócio principal da Oracle.



A Oracle conheceu recentemente um revés na batalha para a aquisição hostil da PeopleSoft que já dura desde Junho de 2003. Além da resistência do conselho de administração da outra empresa, o Departamento de Justiça norte-americano (DOJ) pronunciou-se contra o negócio e iniciou uma acção de impedimento ao mesmo que irá a tribunal no próximo mês de Junho.



O DOJ não teve qualquer dúvida em classificar o negócio como anti-concorrencial. "A decisão aqui era muito clara", afirmou R. Hewitt Pate, responsável pela divisão de antitrust do DOJ, durante uma conferência de imprensa realizada na altura. "Sob qualquer tradicional análise de fusão, este é um negócio anti-concorrencial", assegurou o procurador geral.



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