O cofundador da Web Summit falava no evento "Above and Beyond Hangout – Business Abroad: Countdown to Collision", organizado em parceria com a Startup Portugal, que decorreu em Lisboa.
Paddy Cosgrave salientou que tem sido inspirado em eventos como Mobile Congress ou o Fórum Económico Mundial e os modelos que seguiram, em que têm um evento global por ano e depois há os regionais.
"Há alguns anos anunciámos que íamos fazer um evento em Tóquio, em 2020 anunciámos que íamos começar algo no Brasil", referiu Paddy Cosgrave, salientando que a Web Summit Rio, recentemente anunciada e que ocorrerá entre 01 e 04 de maio de 2023, "será um evento regional" da perspetiva da organização.
"E é uma oportunidade para nós de continuar a crescer a marca Web Summit", salientou, acrescentando que esta "é muito conhecida na Europa" e em alguns grupos no resto do mundo.
"A razão por que fazemos estes eventos regionais, em África ou no este asiático também, é aumentar a participação destas partes do mundo, que são muito importantes e acho que deveriam vir a Lisboa em grande número", acrescentou.
O evento Collision, da Web Summit, que decorre no Canadá, entre 20 e 23 de junho, irá mostrar as startups portuguesas e empresas a uma rede internacional da América do Norte. Este evento irá reunir em Toronto o maior número de pessoas em mais de dois anos desde o início da pandemia, sendo esperados 33.000 participantes.
Collision terá mais de 250 parceiros globais este ano, mais de 900 oradores, 1.250 startups, 1.200 jornalistas, 850 investidores e 100 unicórnios, de mais de 140 países para um encontro que será físico. A delegação portuguesa, de acordo com a Web Summit, terá a oportunidade de fazer contactos com as mais de 120 delegações comerciais que irão participar no evento e explorar oportunidades de negócio.
Parceria com a Web Summit “é uma relação de longo prazo”
Carlos Moedas, presidente da câmara de Lisboa, afirmou no evento "Above and Beyond Hangout – Business Abroad: Countdown to Collision" que a parceria com a Web Summit “é uma relação de longo prazo” e garantiu que "não há nenhum elefante" na sala por se realizar um evento no Rio de Janeiro.
Na abertura do evento, num painel que contava também com a presença do cofundador e presidente executivo da Web Summit, Paddy Cosgrave, foi lançada a questão a Carlos Moedas, para tirar "o elefante da sala", sobre se a realização da cimeira tecnológica no Rio de Janeiro seria uma ameaça ou uma oportunidade para Lisboa e para o ecossistema português.
Carlos Moedas começou por dizer que desde "o primeiro momento em Portugal" esteve na equipa que na altura foi ter com Paddy Cosgrave, sublinhando que tem sido desde sempre e é "um grande fã da Web Summit". A Web Summit "tem sido transformação para o nosso país, não só para Lisboa", sublinhou o autarca.
"Somos muito sortudos por ter a Web Summit em Lisboa, o impacto ao longo dos anos" do que a Web Summit fez e alcançou "é muito único e surpreendente para a cidade de Lisboa", prosseguiu Carlos Moedas.
"A parceria com a Web Summit é uma relação de longo prazo porque é isto que eu quero para a cidade, é que Lisboa seja a capital da inovação da Europa e para ser a capital da inovação da Europa" é preciso "a Web Summit", sublinhou o presidente.
Carlos Moedas assumiu ser "provavelmente" o presidente de câmara que esteve "mais envolvido na Web Summit", mesmo antes de ter ganhado as eleições de Lisboa: "Estive aqui todos os anos e estive envolvido a nível europeu".
Quanto ao que pretende daquela que é considerada a maior cimeira tecnológica do mundo, o autarca foi muito claro. "O que eu quero da Web Summit é realmente aumentar a nossa parceria para o nível seguinte e é isso que tenho vindo a falar com o Paddy e o Artur [Pereira, diretor-geral da Web Summit em Portugal], como é que podemos fazer mais", prosseguiu.
E uma das coisas "que estamos a trabalhar em conjunto, e é parte de um dos grandes projetos que temos para Lisboa" é se se quer que Lisboa seja a capital da inovação, "eu preciso de me focar em scale-ups, em conseguir empresas de outro nível", apontou.
Por isso, "tenho um conceito que discuti com o Paddy muitas vezes, enquanto comissário europeu, de ter uma fábrica de unicórnios em Lisboa", referiu. "Para isso há algo que eu quero que a Web Summit seja connosco, porque a Web Summit foi o pai e a mãe, de alguma forma, do ecossistema internacional", continuou.
Salientou que antes da Web Summit se realizar em Lisboa, Portugal tinha "algumas startups, mas não estavam no mapa. "Acho que a Web Summit veio e colocou Portugal no mapa as startups no mundo, é muito sortudo da nossa parte ter a Web Summit", salientou, acrescentando que o evento de hoje não era para falar da cimeira tecnológica, mas do Collision, "que é um pouco da Web Summit no Canadá, na América do Norte".
A Web Summit "está no Rio, estará provavelmente em outras partes do mundo, é bom para eles, é um bom negócio e estou muito feliz por eles", referiu Carlos Moedas. "Aquilo que vou sempre lutar enquanto presidente da câmara é termos aqui uma plataforma global", garantiu, salientando que é natural que se criem estas dinâmicas em todo o mundo, referindo desejar que "Lisboa seja a base".
Carlos Moedas insistiu que "não há nenhum elefante, não há absolutamente nada à parte de uma ótima parceria" com a Web Summit, elogiou Artur Pereira e reforçou que "o compromisso de Lisboa com a Web Summit é para o longo prazo".
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