PeopleSoft recusa proposta de 9,4 mil milhões de dólares da Oracle

9 fev 2004 16:44

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A PeopleSoft voltou a rejeitar a proposta de aquisição hostil avançada pela rival Oracle na semana passada e que acrescentava dois mil milhões de dólares à anterior. Os directores da empresa argumentaram que a oferta não reflecte o real valor da empresa.

O conselho de administração da PeopleSoft votou por unanimidade contra a mais recente proposta de compra da Oracle, situada nos 26 dólares por acção, afirmando que a PeopleSoft "tem planos melhores para os seus accionistas".

É a terceira vez que o conselho de administração da PeopleSoft rejeita propostas de aquisição hostil da Oracle desde que em Junho passado a fabricante de software empresarial avançou com um oferta de 16 dólares por acção. Mais tarde, a Oracle aumentou a proposta para os 19,50 dólares por acção e a actual proposta de aquisição hostil avalia a PeopleSoft em cerca de 9,4 mil milhões de dólares.

"O conselho de administração acredita que a PeopleSoft tem melhores planos para os seus accionistas. A oferta da Oracle não reflecte o real valor da empresa, incluindo o valor que estamos a criar através da combinação de sucesso com a J.D. Edwards", afirma o presidente e director executivo da PeopleSoft, Craig Conway, numa declaração oficial.

No comunicado, citado pela Associated Press, a PeopleSoft acusa igualmente a Oracle de tentar prejudicar a empresa ao preocupar os seus clientes sobre o desfecho desta situação.

Naquela que denominou de "proposta final", a Oracle aumentou em dois mil milhões de dólares o valor da sua proposta para a aquisição hostil da PeopleSoft na semana passada, oferecendo 26 dólares por cada acção da empresa e alargando o prazo de decisão dos accionistas de 13 de Fevereiro para 12 de Março (ver Notícias Relacionadas).

Esses mesmos accionistas terão oportunidade para tomar partido na Assembleia Geral anual da PeopleSoft, marcada para o próximo dia 25 de Março.

Mesmo que a fusão das duas empresas de software seja eventualmente aprovada pelo conselho de administração da PeopleSoft, a Oracle terá ainda que aguardar a autorização das entidades reguladoras do mercado norte-americano e europeu para efectivar o negócio.