Em apenas um ano já foram emitidos mais de 342 mil passaportes electrónicos em Portugal. Por dia foram emitidos em média 1500 documentos e o mês de Julho foi o período em que se registou o maior número de pedidos ao longo dos últimos 12 meses, escreve o jornal O Público com base em informações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. O novo documento já representa 13 por cento do universo de passaportes portugueses em circulação e é responsável pelo encaixe de 21 milhões de euros nos cofres do Estado, acrescenta o Diário Económico.



Os resultados publicados pelo organismo do Estado reflectem a boa aceitação que a migração para a identificação electrónica tem entre os portugueses, uma tendência também demonstrada numa análise hoje divulgada pela LogicaCMG que indica que 87 por cento dos cidadãos nacionais gostaria de ter um bilhete de identidade com suporte biométrico e 96 por cento dos inquiridos acredita que o ideal seria a utilização de um cartão biométrico único que substituísse o passaporte e o bilhete de identidade.



O mesmo estudo revelou ainda que 56 por cento dos cidadãos nacionais admite não ter qualquer receio por saber que os seus dados estão acessíveis aos sistemas de controlo de todos os aeroportos mundiais, dados que colocam Portugal no topo da tabela dos sete países inquiridos, assumindo-se como a região com maior aceitação à migração para a biometria.



Ao mesmo tempo que a adesão dos portugueses ao PEP continua a aumentar, o Estado começa agora para implementar a segunda fase do projecto ao incluir o eBox RAPID - Reconhecimento Automático de Passageiros Identificados Documentalmente em todos os aeroportos do pais. Até ao final deste ano, serão investidos 4 milhões de euros em 100 infra-estruturas que garantam a cobertura de todos os aeroportos do país e, provavelmente, em dois portos nacionais.



Estes sistemas estão a ser experimentados desde Maio no aeroporto de Faro e recentemente começaram também a ser testados no terminal 2 da aerogare de Lisboa. Até aqui, já passaram pelas eBox RAPID perto de 50 mil pessoas e a avaliação final do sistema mostrou-se positiva tendo atingido os objectivos propostos, designadamente, "uma taxa de aceitação de falsos inferior a um por cento e um tempo de passagem no controlo de fronteira inferior a 20 segundos por passageiro" refere Bento Correia, director-geral da Vision Box, que concebeu as soluções de recolha e reconhecimento de dados biométricos aplicados no sistema.




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