As perdas financeiras das organizações governamentais e privadas derivadas do cibercrime desceram 56 por cento em 2002 face ao ano anterior, de acordo com a oitava edição anual do estudo Computer Crime and Security Survey divulgado pelo Computer Security Institute (CSI) e pelo FBI.
Desta forma, os prejuízos financeiros dos 530 respondentes do inquérito foram de 202 milhões de dólares, significativamente menos do que as perdas de 456 milhões de dólares declaradas pelos 503 respondentes em 2001. Contudo, o número de incidentes significativos permaneceu quase o mesmo que no ano anterior, apesar da descida dos custos.
Tal como em anos anteriores, o roubo de informação proprietária foi o tipo de crime informático que provocou mais perdas financeiras, tendo representado danos no valor total de 70 milhões de dólares, com a quantia média de perdas declaradas a situar-se nos 2,7 milhões de dólares.
Em ruptura com os anos anteriores, o segundo crime mais dispendioso de acordo com os respondentes do inquérito foi o ataque de negação de serviço, que provocou uma perda estimada de 65,6 milhões de dólares, uma subida de 250 por cento em relação aos danos de 18,4 milhões contabilizados no ano passado.
Pelo contrário, as perdas registadas devido às fraudes financeiras foram exponencialmente inferior, situando nos 9,17 milhões de dólares, em comparação com os quase 116 milhões de dólares reportados no ano passado pelo inquérito. Das empresas que responderam ao inquérito, 75 por cento reconheceu ter tido prejuízos financeiros devido ao cibercrime, mas apenas 47 por cento destes afirmou poder quantificá-los.
De acordo com o CSI, os resultados revelam que as ameaças de crime informático que se colocam às grandes empresas e agências governamentais têm origem quer do interior como do exterior dos seus perímetros electrónicos, confirmando uma tendência que já foi registada nos anos anteriores.
O documento revela ainda que 45 por cento dos respondentes detectaram o acesso não-autorizado por parte de funcionários ligados à companhia. Mas pelo quarto ano consecutivo, mais respondentes (78 por cento) citou a sua ligação à Internet como um ponto frequente de ataque em comparação com os que citaram os seus sistemas internos (36 por cento).
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