A Pixar Animation Studios, pioneira na animação por computador, fundados por Steve Jobs da Apple Computer, comunicou na sexta feira passada que não vai renovar o acordo com a Disney depois de 2006. A empresa está agora à procura de um outro estudio para estabelecer uma parceria de distribuição dos seus filmes de animação.

Aparentemente a Disney não esperava este desfecho para uma parceria que até agora tem sido bem sucedida e trouxe à empresa um novo alento em termos de animação. As acções da Disney caíram cerca de 4% nas horas que se seguiram à comunicação da interrupção do contrato, noticiou a Agência Reuters.

Os cinco filmes que a Pixar e a Disney lançaram para o mercado desde 1995 renderam cerca de 2,5 mil milhões de dólares de um modo global, sendo uma grande parte dos lucros explicados pelo envolvimento da Disney nos anos mais recentes. "Após 10 meses de negociações com a Disney para chegarmos a novo acordo estamos de saída”, disse Steve Jobs, CEO (Chief Executive Officer) da Pixar. "Tivemos grandes sucessos juntos, dos maiores da história de Hollywood, e é uma pena que a Disney não queira mais participar no sucesso futuro da Pixar”, cita a mesma fonte.

A Pixar queixa-se de que os termos do negócio da distribuição eram demasiado favoráveis à Disney, a qual apenas tinha a responsabilidade de realizar a distribuição e marketing dos filmes. E em troca a Pixar pagava ainda à Disney uma taxa de distribuição entre de 10 a 15% do rendimento.

O acordo que se mantém até 2006 entre as duas empresas inclui mais dois filmes em produção, o "The Incredibles," a ser lançado para o mercado em Novembro próximo e o "Cars", que só sairá em 2005. A Disney retém ainda os direitos de produzir sequências dos filmes, tal como aconteceu com "Toy Story," de acordo com informação dos estúdios Pixar em comunicado.

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