
A PJ acaba de anunciar que participou na operação “Samourai”, coordenada pelas autoridades norte americanas. Em colaboração com o FBI, a Política Judiciária deteve o fundador do Samourai Wallet, que é suspeito de branqueamento de capitais de origem criminosa.
O homem é um cidadão norte-americano com pedido de extradição e as buscas domiciliárias foram realizadas na zona da grande Lisboa. A operação decorreu em simultâneo em vários países
Segundo informação divulgada, o detido em Portugal "é o principal suspeito de uma rede usada em larga escala para branqueamento de capitais, que prestava vários serviços aos seus clientes com o intuito de branquear os rendimentos provenientes de atividades ilícitas".
A operação permitiu recolher elementos que que relacionam os administradores da carteira de criptoativos “Samourai” com estas atividades de branqueamento de capitais. A PJ indica que, destes serviços "destaca-se o “Whirlpool”, um serviço de mistura de criptomoedas que envolve fundos potencialmente identificáveis ou “contaminados” com outros, de modo a apagar o rasto e impossibilitar a identificação originária, bem como o seu congelamento pelas autoridades".
Terão sido sido movimentados mais de mil milhões de dólares em bitcoins e mais de 680 milhões de dólares em BTC, usados em transações Ricochet. Esta plataforma de troca de criptoativos dedica-se ao desenvolvimento de soluções exclusivas que permitem investir os ativos criptográficos em tempo real.
Em comunicado a PJ esclarece ainda que parte da operação que foi desenvolvida em território nacional, pela Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica da PJ, contou com a colaboração Divisão de Investigação Criminal da Receita Federal (IRS-CI) dos EUA.
Foram realizadas várias buscas domiciliárias que conduziram à "apreensão de bens materiais de elevado valor monetário e de um acervo de bases de dados que permitirão determinar a total abrangência dos factos e a cabal incriminação dos autores".
O detido ficou em prisão preventiva após ser presente à autoridade judiciária para um primeiro interrogatório e aguarda agora o processo de extradição.
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