O Plano Tecnológico, hoje aprovado em Conselho de Ministros e detalhado em sessão pública, passa a ser coordenado pelo Primeiro Ministro José Sócrates. A transferência de tutela do Ministério da Economia para o chefe do Governo foi anunciada pelo próprio Manuel Pinho, que justificou a passagem de testemunho com o facto do projecto ter passado de uma fase de concepção para uma fase de implementação.

O ministro da Economia frisou ainda a importância de levar a cabo medidas que impulsionem o crescimento da economia, como pretende o Plano Tecnológico, e que contribuam para fazer uma melhor gestão dos incentivos comunitários disponíveis, ajudando a preparar Portugal para aproveitar o melhor possível o próximo quadro comunitário.

José Sócrates acrescentou que o Plano Tecnológico será uma prioridade do Governo na afectação de recursos nacionais e comunitários e classificou-o como uma urgência para Portugal, adaptado aos tempos e contra "pessimismos".

Rogério Carapuça, presidente da Novabase e membro do Conselho Consultivo composto por 41 membros - entre gestores, académicos e decisores políticos - sublinhou a importância de haver já uma ideia clara sobre a forma como se vai medir o impacto do Plano Tecnológico no terreno, acrescentando que "é fundamental a existência de metas quantitativas, pois não é possível avaliar aquilo que não se pode medir".

Este Conselho Consultivo será um dos organismos com competência para avaliar a implemantação do Plano, juntando-se a uma Comissão Interministrial. O Conselho reuniu ontem pela primeira vez, como fará agora a cada três meses.

Recorde-se que desde Abril, altura em que o Plano foi anunciado, este estava sob alçada do ministro da economia e a coordenação de José Tavares. Com a demissão deste, na passada semana, surgiram rumores de divergências entre ministérios que atrasavam a apresentação detalhada da iniciativa. O Governo negou estas informações, mas faz agora uma alteração na tutela.



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2005-11-24 -
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